Sequestro em Anápolis foi motivado por falência de empresa que comercializava moedas virtuais
A falência de uma empresa que prometia ganhos após aplicação em moedas virtuais foi o que…
A falência de uma empresa que prometia ganhos após aplicação em moedas virtuais foi o que motivou o sequestro de duas mulheres no último sábado (30), em Anápolis. O crime teria sido cometido por um investidor que perdeu R$ 9 milhões. As informações são da Polícia Civil (PC).
As vítimas são, respectivamente, ex-namorada e mãe de um dos donos da mencionada empresa. As duas foram resgatadas pela polícia no final da tarde de domingo (1) em um cativeiro, montado em um dos quartos de uma grande propriedade rural. O lugar fica em Cabeceira Grande, cidade mineira que faz divisa com o Distrito Federal.
Entre sábado e domingo, os policiais civis de Goiás e do Distrito Federal já haviam localizado o carro usado no rapto, bem como o primeiro cativeiro utilizado para manter as vítimas, em Águas Lindas de Goiás. Quando chegaram à fazenda onde estavam as reféns, dois homens que cuidavam delas abandonaram no local um veículo Corolla e fugiram à pé por uma mata.
Os suspeitos de vigiar as reféns, assim como o suposto mentor do sequestro, já foram identificados, e estão sendo procurados pelas polícias de Goiás, Minas Gerais e do Distrito Federal. A polícia divulgou apenas o nome do mentor.
“O Luiz André Martins, que é filho de um grande empresário de Minas Gerais, foi quem tramou tudo depois de perder R$ 9 milhões nesta empresa, que faliu recentemente, deixando mais ou menos seis mil investidores no prejuízo. Desde então, ele vinha ameaçando o Cláudio, que é um dos sócios desta empresa. Assim, no último final de semana, acabou sequestrando ex-namorada e a mãe do rapaz”, relatou o delegado Thiago Martiniano, titular do Grupo Anti Sequestro (GAS), da Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic).
O delegado divulgou para a imprensa um vídeo e alguns áudios (abaixo) onde Luiz André, que continua foragido, aparece ameaçando matar a mãe do sócio da empresa. Ele e os outros dois homens que participaram do arrebatamento e transporte das vítimas responderão por extorsão mediante sequestro, crime hediondo, que tem pena de reclusão de 20, até 30 anos.