ABUSO SEXUAL

Serralheiro acusa amigo de abusar de criança de 12 anos, mas quem é preso pelo crime é ele

Menina relata que os abusos aconteciam desde que a mãe se mudou para Portugal e deixou ela e os dois irmãos com o pai

Serralheiro denuncia amigo por ciúmes da filha e é preso por abusar da menor em Catalão (GO) (Foto ilustrativa: Getty Images)

Um serralheiro de 42 anos foi preso suspeito de abusar da filha de 12 anos, em Catalão, região sudeste de Goiás. O crime foi descoberto após o próprio suspeito denunciar um amigo dele por sentir ciúmes da filha com o rapaz. A menor relata que os abusos aconteciam desde que ela tinha 8 anos. O homem foi preso na terça-feira (17) por estupro de vulnerável.

“Ele (pai) estava em uma festa e disse que viu a filha saindo do banheiro com outro homem que seria amigo dele. O pai acionou a polícia e os policiais levaram todo mundo para a delegacia. Lá, a menina falou que não estava no banheiro com esse homem e afirmou que quem abusava dela era o pai. Ela disse que o pai estava com ciúmes dela com o amigo dele”, explica a delegada Alessandra Maria de Castro, responsável pelo caso.

O Conselho Tutelar foi acionado para colher o depoimento da adolescente. Ela relatou que ficava responsável por cuidar da casa e dois irmãos mais novos desde que a mãe se mudou para Portugal a cerca de quatro anos, data em que os abusos começaram.

“Há uns dois meses atrás, a irmãzinha dela, que tem 7 anos, disse que o viu o pai dormindo com a adolescente. O conselho esteve na casa deles, mas a menina negou e falou que era invenção da irmã mais nova. Ela estava tentando proteger o pai, mas agora, por algum motivo, decidiu falar”, diz a delegada.

O pai continuará preso até a conclusão da investigação. Segundo a Alessandra Maria, as crianças ficaram em um lar temporário para menores até que um familiar responsável seja encontrado. “As crianças estão abrigadas em um lar para menores daqui. O Conselho do Tutelar está atrás de familiares aptos e responsáveis para cuidar das crianças. Eles estão entrando em contato com a mãe, mas quem vai decidir é o juiz”.

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