Mobilidade

Serviço de táxi-lotação pode chegar em breve a Goiânia

Um sistema de transporte em que um veículo carrega vários passageiros de uma vez, tem…

Um sistema de transporte em que um veículo carrega vários passageiros de uma vez, tem um valor mais acessível que os demais e que faz trajetos pré-determinados. Poderia ser o serviço de transporte coletivo, mas, na verdade, estamos falando do chamado “táxi-lotação”, modalidade que pode chegar em breve a Goiânia.

Na última quinta-feira (1º/6), o vereador Paulo da Farmácia (Pros) apresentou projeto que prevê a instituição do serviço. Pela proposta, estarão aptos veículos de duas e quatro portas, sob regime de permissão, que funcionarão durante as 24 horas do dia.

Ao Mais Goiás, o vereador explicou que se baseou em um sistema implementado em outras cidades. “Esse modelo já existe em outras capitais, como em Belo Horizonte, onde deu certo”, diz.

Na capital mineira, o táxi-lotação circula em dois trajetos com uma frota de 122 carros. O valor da passagem é de R$ 2,90, pouco acima dos R$ 2,65 praticados na maior parte das linhas de ônibus da cidade.

No entanto, o vereador não soube dar muitos detalhes de como funcionaria a novidade na prática em Goiânia. “Caso a proposta seja aprovada, os órgãos da prefeitura vão regulamentar e definir como o serviço funcionará”, pontua.

O que está definido desde já é que os veículos farão um itinerário pré-definido, que deverá estar explícito no para-brisa, e poderão transportar, no máximo, quatro passageiros. Paulo diz acreditar que, a exemplo do que ocorre em belo Horizonte, a tarifa não deva ser muito diferente daquela praticada pelos ônibus.

Opção a mais

A proposta traz alívio aos motoristas de táxi da capital. O presidente da Associação dos Permissionários de Táxi, Hugo Nascimento, apesar de não ter conhecimento de seus detalhes, afirma que, “a grosso modo”, a perspectiva de implementação do táxi-lotação é bem vista pela categoria.

“Essa questão do compartilhamento de veículo vem a somar”, avalia o presidente. “A cidade precisa trabalhar essa questão da mobilidade. A ideia do táxi compartilhado é boa para o passageiro, para a cidade e para o próprio motorista, que terá uma opção a mais.”

No entanto, Hugo pondera que alguns pontos devem ser analisados. “A questão da permissão, por exemplo, como vai ficar? Serão criadas novas permissões ou os taxistas atuais poderão fazer a migração?”, questiona.

Quanto a isso, Paulo da Farmácia garante que a categoria não tem com o que se preocupar. “Certamente os atuais poderão aderir”, diz.

Apesar disso, tanto taxistas quanto a população deverão ser pacientes para a possível implementação do serviço, já que o projeto tem um longo caminho a percorrer na Câmara de Vereadores. Depois de passar por comissões temáticas na Casa, ainda será submetido a votação em plenário para, depois, poder ser sancionada pela prefeitura, o que ainda não tem previsão para acontecer.