Primeiro dia

Servidores da educação municipal iniciam greve em Goiânia

Apesar da paralisação deflagrada pelo sindicato, algumas escolas e Cmeis tiveram aula normal

Professores e funcionários das escolas municipais de Goiânia entraram em greve nesta terça-feira (11). A paralisação das atividades foi determinada em assembleia da categoria realizada na última quinta-feira (6).

Entretanto algumas escolas e Cmeis tiveram aula normal hoje. A reportagem do Mais Goiás visitou o Cmei Oito de Março, no Centro de Goiânia, o Cmei Primeiros Passos, no Setor Sul, e o Cmei Criança Cidadã, no Setor Leste Universitário. Nestas unidades, funcionários que preferiram não se identificar informaram que decidiram em reunião interna não aderir à greve por enquanto.

Vice-coordenador do Sindicato dos Servidores da Educação de Goiânia (Simsed), Valmer Medeiros, afirma que ainda não é possível afirmar quantos servidores estão paralisados. “O movimento deve crescer nos próximos dias e teremos uma visão mais clara. Continuaremos a nossa luta pelos nossos direitos, que estão ligados aos direitos de cada criança que estuda nestas escolas”, disse Medeiros. O início da greve foi marcado por uma manifestação em frente à Catedral Metropolitana de Goiânia, no Centro.

A categoria tem uma lista de 32 reinvindicações relacionadas à carreira, salário e condições de trabalho. Entre elas está o pagamento do piso para os professores, estrutura das escolas e segurança para servidores e alunos. “Existe também um déficit de funcionários muito grande. Alguns Cmeis mandam as crianças para casa na parte da tarde porque não tem ninguém para cuidar delas”, afirma o vice-coordenador.

No Cmei Criança Cidadã, no Setor Leste Universitário, as crianças também tiveram aula normal (Foto: Thais Lobo/ Mais Goiás)

Diálogo

Por nota, a Secretaria Municipal de Educação de Goiânia (SME) informou que hoje o percentual de unidades escolares que aderiram à paralisação foi de 8%. No texto, a SME também destacou que tomará as medidas necessárias para garantir o atendimento aos alunos matriculados na rede municipal de educação e que tem mantido diálogo constante com as representações sindicais legalmente constituídas.

A SME ainda ressaltou no texto que a prefeitura chamou 45% dos aprovados no concurso público; paga do piso salarial nacional dos professores; e repassa direto para instituições o valor de R$ 5 milhões para manutenções. Além disso, a pasta informou que a data-base dos administrativos será concedida retroativamente a janeiro desde ano. O Simsed afirma que, ao contrário do divulgado pela secretaria, a Prefeitura de Goiânia não paga o piso nacional para os professores do município.