Servidores da Educação municipal protestam na Câmara
Os professores e administrativos têm reinvindicações quanto ao pagamento do piso, data-base, plano de carreira e estrutura das escolas
Servidores da Educação municipal realizaram um protesto nesta quinta-feira (4) na Câmara Municipal de Goiânia. Durante a manifestação, os professores e administrativos lotaram a galeria da Casa e tingiram de vermelho a água da fonte que fica na entrada da Câmara.
Uma faixa dizendo “As mãos de Iris estão sujas de sangue dos trabalhadores” foi colocada no local, em menção à desocupação da sede da Secretaria Municipal de Educação (SME) no dia 26 de abril, em que servidores ficaram feridos.
“O secretário Marcelo Costa já mostrou que não está aberto ao diálogo. Ele não consegue gerir a SME de forma democrática”, afirmou o coordenador do Sindicato Municipal dos Servidores da Educação de Goiânia (Simsed), Antônio Gonçalves. Ainda segundo o coordenador, o Simsed realizou três reuniões com a SME antes iniciar a greve, no dia 11 de abril.
De acordo com Gonçalves, a greve continua, pois, escolas estão dispensando alunos por falta de professores e Cmeis estão fazendo revezamento de turmas. O Simsed não é reconhecido pela Prefeitura de Goiânia como o sindicato representante da categoria.
A pedagoga Patrícia Barros participou da manifestação de hoje e classificou a desocupação da sede da SME como truculenta. “Pedimos que o prefeito pague o valor real da data-base. O reajuste de 2,94% é irrisório diante da inflação. Queremos também o piso, plano de carreira e o chamamento de concursados. O que foi feito até agora não é suficiente para suprir os déficits”, afirma a professora.