Servidores da PRF de Goiás viram alvo de investigação por desvio de celulares
Servidores podem responder por peculato e, caso sejam condenados, pena pode ultrapassar os 10 anos de prisão
Agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) de Goiás são alvo de uma operação da Polícia Federal (PF) que investiga desvio de celulares. A suspeita é de que os servidores, lotados em Uruaçu, tenham desviado ao menos quatro aparelhos apreendidos em operações, os quais teriam sido repassados a outras pessoas.
Nesta primeira fase da operação, quatro policiais federais cumpriram um mandado de busca e apreensão na cidade de Brasília. A ordem judicial foi expedida pela Justiça Federal de Uruaçu
A investigação teve início em janeiro deste ano, depois que o crime foi denunciado pela Corregedoria Regional da PRF em Goiás. Conforme expõe a denúncia, quatro aparelhos celulares foram apreendidos no início do ano em um veículo que transportava a carga sem a devida documentação. Porém, notou-se que os dispositivos desapareceram após a ação.
Após buscas, agentes federais conseguiram identificar uma pessoa que teria adquirido um dos aparelhos. Nesta quinta (18), a PF foi até a residência do suspeito e recuperou o celular, com o intuito de identificar o servidor público responsável pelo desvio dos celulares da unidade da PRF.
Segundo a PF, ainda não se sabe quantos servidores estão envolvidos no crime. Caso sejam identificados, presos e condenados, eles podem responder por peculato. A pena pode chegar a mais de 10 anos de prisão.
O Mais Goiás procurou a PRF de Goiás. Em nota, a corporação disse que a todo momento ‘atuou para a elucidação dos fatos’ e que ‘mantem-se vigilante no enfrentamento aos possíveis desvios de condutas, que não são tolerados pela instituição’. Veja nota completa abaixo.
“A Polícia Rodoviária Federal informa que essa operação teve início após levantamentos da Corregedoria da PRF em Goiás e que, a todo momento, o órgão atuou para a elucidação dos fatos.
Os elementos de informação que ensejaram o cumprimento de mandado de busca e apreensão do aparelho, possivelmente desviado, foram coletados pela Polícia Rodoviária Federal e encaminhados para a Polícia Federal.
É importante ressaltar que a operação está na fase inicial de coleta de informação e, até o momento, ainda não foi identificada a autoria do suposto crime, de modo que é prematuro imputar uma conduta criminosa a quem quer que seja.
A PRF mantem-se vigilante no enfrentamento aos possíveis desvios de condutas, que não são tolerados pela instituição.”