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Servidores da saúde de Aparecida de Goiânia iniciam greve na próxima segunda-feira (15)

Categoria alega que decisão foi tomada porque prefeitura não abriu diálogo. Todos os serviços que não forem de urgência serão suspensos

Servidores da saúde de Aparecida de Goiânia decidiram nesta terça-feira (9) pela deflagração de greve no município a partir da próxima semana. A paralisação deve começar na segunda-feira (15) e afetar parcialmente os serviços de urgência.

A presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Sistema Único de Saúde de Goiás (Sindsaúde), Flaviana Alves, explicou que a decisão pela greve, tomada em assembleia realizada durante esta manhã, foi motivada pela falta de diálogo por parte da prefeitura. “Como não houve retorno às nossas tentativas de conversa, a categoria decidiu iniciar a greve”, reforçou.

Flaviana detalha que a paralisação vai interromper os atendimentos nos laboratórios, nos grupos de especialidade, do programa de saúde da família, entre outros. Apenas o atendimento de urgência continuará, com 50% da capacidade normal.

“Nós vamos cumprir o que a lei determina, que são as 72 horas de aviso, mas, como Aparecida tem um feriado prolongado nos próximos dias, a greve vai começar de fato na segunda-feira”, explicou Flaviana. De acordo com ela, para essa data também está prevista uma manifestação no Cais Nova Era.

Reivindicações

Os servidores reivindicam o cumprimento imediato de direitos previstos no Plano de Carreiras, Cargos e Vencimentos (PCCV) da categoria como o pagamento de gratificações e progressão de carreira. Além disso, os trabalhadores exigem a inclusão dos servidores administrativos da Saúde no PCCV, melhores condições de trabalho, diminuição da sobrecarga de trabalho, segurança nas unidades de saúde e melhores condições de atendimento para a população.

Conforme os servidores, o Plano de Carreiras foi aprovado no município em 2014, mas até agora só foi cumprido de maneira parcial. Desde a gestão passada, o Sindsaúde e outras entidades representativas dos servidores municipais vêm cobrando o cumprimento desses direitos. Eles reclamam que no início da gestão do prefeito Gustavo Mendanha, as entidades tentaram – por diversas vezes – negociar a aplicação do Plano, mas não houve sucesso.

Diante da falta de avanços, os servidores aprovaram – em assembleia geral – manifestações com paralisações pontuais para expor os prejuízos acarretados pela falta de aplicação do Plano e pela falta de investimentos na área. Essas paralisações ocorreram no Cais Nova Era, no dia 3, e na Upa do Setor Buriti Sereno, no dia 5.

Por nota, a Secretaria Municipal de Saúde de Aparecida de Goiânia informou que o secretário de Saúde Edgar Tolini está negociando com o secretário de Fazenda André Luis Rosa os impactos das reivindicações referente ao plano de cargos e salários e buscando um acordo junto aos profissionais. A SMS esclareceu ainda que está em constante diálogo com as categorias para atender as demandas.