Solidariedade

Servidores da unidade prisional de Senador Canedo realizam sonho de criança

Brunno Phellype colocou cartinha na caixa de correios da unidade prisional falando da vontade em ganhar ‘farda’ igual dos agentes

Em meados de novembro, agentes prisionais de Senador Canedo foram surpreendidos com a imagem de um garoto deixando uma carta na caixa de correios da unidade prisional. Pelo sistema de monitoramento, identificaram que a criança que deixava a missiva era a mesma que dias antes estava na porta do presídio observando a chegada de uma viatura no local.

Tratava-se de Brunno Phellype, de 9 anos, que como toda criança buscava a realização de um desejo.  Os servidores que abriram a cartinha do garoto ficaram comovidos com a singela, porém sinceras palavras escritas por ele: Brunno escreveu que, como toda criança, adoraria ganhar uma bicicleta e um videogame de presente, mas que seu maior sonho era se tornar policial. Estava pedindo ajuda para ganhar uma ‘farda’ e também dar uma volta na viatura. “Espero que vocês me ajudem a ser uma criança feliz”, pediu.

Sensibilizados e emocionados, os servidores da unidade decidiram ajudar Brunno a ter seu sonho realizado de maneira completa.  Mandaram confeccionar uniforme mirim igual ao utilizado pelos agentes de segurança prisional e entregaram a ele uma bicicleta e um videogame Play Station adquiridos com dinheiro arrecadado entre os servidores.

Na terça-feira (28/11), os servidores foram até a residência do menino para entregar os presentes. “Aproveitamos e, com a autorização da mãe do Brunno, demos uma voltinha bem curta nas imediações da casa, com ele na viatura”, disse Aline Silva Rosa Scaglia, diretora da unidade prisional de Senador Canedo. Brunno, claro, ficou muito emocionado.

Aline lembrou que na ocasião em que esteve na porta do presídio, o garoto pediu um abraço dos agentes e falou que quando crescesse queria ser igual a eles. “Isso nos emocionou bastante porque, como sabemos, os servidores desenvolvem um trabalho que exige muita dedicação e empenho e, às vezes, não têm o devido reconhecimento”, avaliou.