Sete das nove vacinas que precisam ser aplicadas sequer chegaram a 50% dos bebês de Goiás
De acordo com a secretaria de Estado de Saúde (SES-GO), apenas duas de nove vacinas…
De acordo com a secretaria de Estado de Saúde (SES-GO), apenas duas de nove vacinas chegaram a mais de 50% dos bebês goianos com até 2 anos. Estas imunizações de rotina previstas pelo Ministério da Saúde têm metas que variam de 90% a 95%.
De acordo com o Ministério, as metas são: BCG (90%); Rotavirus (90%); Meningo C (95%); Pentavalente (95%); Pneumocócia 10 (95%); Poliomielite (95%); Febre amarela (95%); Hepatite A (95%); e Triplice viral (95%).
Em Goiás, entretanto, os números estão muito abaixo: BCG (53,31%); Rotavirus (49,59%); Meningo C (49,37%); Pentavalente (46,72%); Pneumocócia 10 (51,51%); Poliomielite (46,09%); Febre amarela (44,36%); Hepatite A (44,71%); e Triplice viral (48,21%). Os dados são do último dia 20.
Ao Mais Goiás, a superintendente de Vigilância em Saúde de Goiás Flúvia Amorim disse que os números refletem um comportamento iniciado por volta de 2015/2016. Segundo ela, muitos pais acham que não é necessário proteger os filhos contra determinadas doenças, pois não veem mais casos – justamente por causa das vacinas.
Contudo, este é apenas um dos fatores apontados pela superintendente. Ela também observa 0 movimento antivacina, “que vem acompanhado de fake news sobre o assunto”. “Ano a ano a vacinação tem caído e com a pandemia piorou muito. Não cumprimos nenhuma das metas das vacinas de rotina e nem nas de campanha, como da influenza”, lamenta.
Ela relatou, ainda, que doenças que já estavam erradicadas no País voltaram a aparecer por causa disso. Ela cita que, em Goiás, houve um caso de difteria este ano. Antes disso, em 1998. “Este de 1998 eu atendi como recém-formada. Agora, décadas depois eu atendo outro”, pontua.
Não dá para elencar qual é a pior situação, pois a questão preocupa em todos os casos, destaca Flúvia. Ela, entretanto, cita que a Organização Mundial da Saúde (OMS) já enviou um comunicado para informar que, no Brasil, o risco do retorno da paralisia infantil é alto – doença causada pela pólio (poliomelite).
“Nós disponibilizamos a porcentagem da meta mês a mês. Se esta não for a mais baixa, é uma das mais [desde de 2015/2016]”, finaliza a superintendente.