Shoppings anunciam medidas de segurança para reabertura
Mudanças vão desde o uso obrigatório de máscaras e aferição de temperatura até limitação do número de pessoas
A abertura do comércio em Goiânia não significa que as coisas voltarão ao que eram antes. Pelo menos para os Shoppings e seus lojistas, há uma grande expectativa e preparação tanto com relação à volta dos clientes quanto com os protocolos de segurança que devem ser seguidos.
Três shoppings da capital já anunciaram uma série de medidas a serem adotadas. Elas vão desde a higienização e do uso obrigatório de máscaras até o controle de entrada dos clientes. O decreto, assinado pelo prefeito Íris Rezende nesta segunda-feira (13), determinou que esses estabelecimentos devem funcionar entre as 12 e às 20 horas.
O Passeio das Águas Shopping publicou nota ressaltando que a reabertura se dará sob um rígido protocolo de segurança. O uso de máscaras será obrigatório para funcionários, prestadores de serviços e clientes. Além disso, todos terão suas temperaturas medidas antes da entrada no estabelecimento.
Outra medida tomada pelo local foi a distribuição de cartilhas com sugestões para a operação no interior das lojas. Entre as recomendações estão a higienização de provadores, a distância mínima entre os caixas, disponibilização de álcool em gel para uso dos clientes e cuidados com aglomerações.
Além disso, o estabelecimento comunicou que a praça de alimentação funcionará com 50% da capacidade. Os serviços de Delivery e drive thru, adotados no início da quarentena, serão mantidos. Por fim, uma série de pontos de uso de álcool em gel e o reforço na higenização de todo o local foram anunciados.
Já o Goiânia Shopping afirmou que adotou mais de 40 medidas de segurança para evitar a proliferação do coronavírus. Entre elas está a contagem digital dos clientes que visitarem o local, com o objetivo de limitar o número de pessoas a 30% da capacidade.
O uso de máscaras e a aferição de temperatura também foram citados pelo grupo. Todos deverão passar também por tapetes sanitizantes e deverão respeitar a lotação de cada loja, limitada a uma pessoa para cada 12 m².
Os serviços de drive thru e delivery serão mantidos, e o shopping automatizou as cancelas dos estacionamentos para que os clientes não precisem fazer contato físico com o equipamento de emissão do ticket. Além disso, o pagamento do estacionamento poderá ser feito por meio de aplicativo e os clientes pagarão uma taxa única de R$ 6, independente do tempo de permanência. O serviço de valet foi temporariamente desativado.
O superintendente do Shopping, Jonathan Palmer, afirmou que o estabelecimento irá trabalhar tanto na prevenção quanto na conscientização de todos que frequentarem o espaço. “Além de seguir diversos protocolos relacionados à limpeza constante do empreendimento, também iremos trabalhar para garantir uma forte conscientização em relação às principais medidas de segurança que devem ser adotadas pela população para mitigarmos a propagação da COVID-19. Em função de todas essas medidas, temos certeza que os nossos clientes estarão em um ambiente seguro e focado em garantir a melhor experiência neste retorno às compras em shopping centers”, pontuou.
Até o fechamento da matéria, o shopping Flamboyant não se manifestou sobre as medidas que serão tomadas no local. Em seu site, uma nota informa os novos horários de funcionamento e ressalta que as atividades serão retomadas “com o compromisso de continuar operando com segurança e cumprindo com absoluto rigor todas as normas exigidas”.
Apreensão x confiança nos shoppings
Além das medidas, que restringem o número de pessoas, há a apreensão no setor de que a pandemia afugente os clientes de possíveis aglomerações. Segundo Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce), atualmente 375 shoppings, 65% do total devem estar abertos no Brasil. Em São Paulo são 132 centros comerciais abertos em 43 municípios.
“Estamos operando com prejuízo em todas as nossas 130 lojas, em 110 shoppings pelo Brasil. Do jeito que as coisas estão, vai haver uma quebradeira geral. É inevitável. Eu mesmo já fechei 36 lojas”, conta Tito Bessa Junior Jr., dono da rede de vestuário TNG.
O medo de contrair coronavírus (Covid-19) tem sido maior que o desejo de comprar. Comerciantes dizem que as vendas estão 90% inferiores às de antes da pandemia. Mariane Sampaio, dona de duas chocolaterias em shoppings da capital paulista, conta que já abriu e fechou o caixa para um faturamento de R$ 50.
Essa preocupação, entretanto, não afetou a confiança de alguns lojistas. Lucas da Silva Ribeiro, gerente a Iplace, no Goiania Shopping, afirmou que, ao contrário de outros setores, houve aumento nas suas vendas.
“Não sentimos tanto impacto. Pra ter ideia, a venda na nossa loja cresceu mais de 30%. No ano passado, nos meses de abril, maio e junho, a média de venda era de R$ 700-800 mil. Nesses mesmos meses em 2020, o faturamento foi mais de R$ 1 milhão”.
Apesar da liberação, Lucas disse que irá continuar apenas com vendas online até a próxima semana, pois a loja está passando por reformas. Por fim, ele ressaltou que todo o estabelecimento já está preparado para receber os clientes. “Nossa loja está preparada para o retorno. Já fizemos todas as adequações. Marcamos o piso, implantamos acrílico no balcão e vamos trabalhar com a limitação de clientes”.