Sindicato acusa Enel de demissão coletiva, mas empresa nega
Em nota, Stiueg disse que foi procurada por vários trabalhadores e que as dispensas ocorreriam desde o começo da privatização/
Em nota divulgada nesta segunda-feira (6), a Enel, empresa distribuidora de energia elétrica em Goiás, negou a informação divulgada pelo Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Urbanas no Estado de Goiás (Stiueg) de que haveria uma demissão coletiva nos planos da companhia. A companhia afirma que desligamentos pontuais, quando necessários, “são realizados com base em avaliações e desempenho estruturadas, sempre com o máximo de respeito aos profissionais”.
A empresa italiana também diz que, desde que assumiu a distribuição de energia em Goiás, gerou mais de 4,2 mil postos de trabalho – próprios e parceiros -, para fazer frente aos investimentos realizados pela companhia. “Não é correta, portanto, qualquer informação sobre demissão coletiva”.
A informação de que a Enel realizou demissão coletiva durante a pandemia do coronavírus foi publicada nesta segunda-feira (6), no site do Stiueg. De acordo com a nota, o sindicato foi surpreendido com a notícia da demissão de três funcionários sob a alegação de não cumprimento das metas. “Na sexta-feira mais trabalhadores nos procuraram com mais denúncias de demissões, 9 até o instante da construção dessa nota”, reiterou o comunicado.
Ainda de acordo com a nota, a empresa teria demitido vários profissionais desde a privatização, e vem submetendo os trabalhadores a um excessivo ritmo de trabalho. “O serviço que era executado por várias pessoas, hoje é imposto a apenas uma, que trabalha pressionada, sob constantes ameaças de demissão”.
O sindicato finalizou alegando que a situação se agrava quando o cenário de desemprego instalado aumenta a dificuldade de recolocação desses funcionários no mercado de trabalho. “Agindo dessa forma a Enel coloca os lucros acima da vida! O Stiueg repudia veementemente as demissões e tomará todas as medidas cabíveis contra essa situação absurda.”