TRANSPORTE COLETIVO

Sindicato das empresas diz que paralisação prejudica usuários

O vice-presidente do Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo da Região Metropolitana de Goiânia (SET),…

O vice-presidente do Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo da Região Metropolitana de Goiânia (SET), Alessandro Moura, disse na manhã desta sexta-feira (9) que a paralisação realizada por motoristas de ônibus é política e prejudica cerca de 40 mil pessoas. “É uma irresponsabilidade o que está sendo feito pelo sindicato dos trabalhadores neste momento do ponto mais critico da pandemia”, salientou.

O vice-presidente ainda apontou que os setores de saúde e alimentação, que correspondem a 55% de todos clientes que fizeram o cadastro no Embarque Prioritário, estão sendo os mais prejudicados com a greve. Ele diz que se trata de uma greve política, já que apenas a Metrobus paralisou as atividades, liderados por colegas de empresa membros do Sindicoletivo.

O presidente do Sindicato de Trabalhadores no Transporte Coletivo Urbano de Goiânia (Sindicoletivo), Sérgio Reis, já havia dito ao Mais Goiás que o movimento grevista não está associado e não recebe apoio de empresários e instituições. “Tratamos aqui do interesse único e exclusivo dos trabalhadores do transporte coletivo, não estamos recebendo apoio de ninguém”.

No início da pandemia, o sindicato conseguiu obrigar na Justiça que empresas de ônibus fornecessem máscara N95 e álcool em gel. Porém, ele afirma que empresas agora só entregam os materiais depois que motoristas fazem pedido. “No começo da pandemia funcionou, mas agora é a gente que vem comprando do próprio bolso”, aponta Sérgio.

Além disso, argumenta que o motivo da paralisação é a busca por imunização e segurança dos motoristas durante a pandemia de Covid-19. Segundo ele, 26 trabalhadores já morreram por causa da doença e outros 16 estão intubados. Além disso, pelo menos 300 foram contaminados.

“Somos cerca de 3,5 mil motoristas. Nosso índice de óbitos está acima de 8%, enquanto a população em geral está em torno de 2%. O secretário estadual de Saúde se comprometeu a vir conversar com a gente. Quando conversarmos com ele podemos voltar às atividades”, diz.