"RECORRENTE"

Sindicato denuncia atrasos salariais no Hospital Municipal de Aparecida

Repasses não teriam sido feitos por uma empresa quarteirizada que já não atua mais no hospital

Hospital Municipal de Aparecida de Goiânia pode receber nome de Iris Rezende, anuncia prefeito (Foto: divulgação - Prefeitura de Aparecida)

O Sindicato dos Médicos de Goiás (Simego) denunciou a ocorrência de atrasos salariais no Hospital Municipal de Aparecida (HMAP). Segundo a entidade, reclamações deste tipo são constantes no local. Desta vez, os atrasos ocorrem em razão da troca de empresas quarteirizadas. Os pagamentos não teriam sido feitos por uma companhia que já não atua mais no hospital.

Ao Mais Goiás, a presidente do Simego, Franscine Leão, explicou que o HMAP é administrado pela Organização Social (OS) Instituto Brasileiro de Gestão Hospitalar (IBGH). Esta, por sua vez, contrata diversas empresas para a quarteirização de médicos.

O atraso dos pagamentos, segundo a profissional, é decorrente de uma das empresas que não teria feito o repasse aos médicos. “Foi uma manobra financeira da própria OS. A empresa antiga ficou sem realizar alguns pagamentos ainda no início do ano e agora ela já não atende mais o hospital”, explicou.

De acordo com Franscine, a atual empresa quarteirizada não atrasou os repasses. “O problema ocorreu com empresas que já encerraram o contrato. Muitos profissionais já nem prestam serviço no HMAP e não receberam devidamente pelo período trabalhado.

Procurada, a assessoria de imprensa da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Aparecida informou que os repasses à OS que gere o hospital estão em dia. O HMAP disse que está em dias com seus colaboradores. A reportagem tenta contato com o IBGH. O espaço está aberto para manifestação.

Atrasos salariais e ameaças no Hospital Municipal de Aparecida

Conforme a presidente do Simego, a categoria fez indicativo de greve em meados de agosto, mas como houve a rotatividade de empresas e profissionais o movimento não fluiu. Ela ressalta que muitas pessoas que trabalham no local têm medo de denunciar os recorrentes atrasos em razão de ameaças de demissão.

Franscine diz que o sindicato tenta negociar o caso administrativamente, sem precisar realizar paralisações. “Conversamos com a Secretaria Municipal de Saúde de Aparecida e fomos informados de que não há atraso no repasse para a OS. Vamos continuar nessa negociação com os responsáveis”, garantiu.

Ainda segundo ela, o IBGH já foi impedido judicialmente de realizar a quarteirização e contratação de pessoas jurídicas. Um edital já foi aberto, mas a contratação de seletistas ainda não ocorreu.