Sindicato dos caminhoneiros em Goiás diz que greve nacional está em discussão
A greve nacional dos caminheiros, que ocorreria no começo do ano, pode ter sido apenas…
A greve nacional dos caminheiros, que ocorreria no começo do ano, pode ter sido apenas adiada. Isto porque dirigentes de entidades que representam os motoristas ainda cogitam se mobilizar para reivindicar melhorias, após o presidente Bolsonaro (sem partido) não cumprir as promessas feitas, há cerca de quatro meses, como a prioridade na vacinação contra a Covid e controle do preço do diesel.
Ao Mais Goiás, o presidente do Sindicato dos Transportadores Autônomos de Cargas de Goiás (Sinditac), Vantuir Rodrigues não descarta uma greve. Ele entende que este momento de pandemia é delicado, mas infelizmente a categoria não suporta mais.
“Caminhão é 70% combustível. Mas o caminhoneiro recebe em real e paga em dólar”, critica a atual política de regulação de preços. Além disso, segundo ele, os governos anteriores possuíam fundos de reserva de soja, milho, petróleo, etc. “Mas [o ministro da Economia] Paulo Guedes acabou com as reservas, mandaram matéria prima pra fora e perdeu-se o controle.”
Segundo Vantuir, a categoria atravessa maus momentos em todo o País. Ele afirma que tem conversado com a Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA) e a Federação dos Caminhoneiros Autônomos de Cargas em Geral do Estado de São Paulo (Fetrabens) e as dificuldades são as mesmas. “Eles ainda não falaram em greve, mas tem acompanhado a situação.”
Promessas
As promessas não cumpridas do presidente Bolsonaro, segundo nota pública da Associação Brasileira de Condutores de Veículos Automotores (Abrava), divulgada pelo UOL, são: prioridade na vacinação contra a covid-19, eliminação de impostos federais sobre o combustível (o governo zerou a tarifa somente em abril e voltou a cobrar em maio), linha de crédito acessível e controle do preço do diesel.
Ao site, o presidente da Abrava, Wallace Landim, ou Chorão, como é conhecido, disse que a situação dos caminhoneiros é pior do que em 2018, quando houve uma greve nacional no governo Temer, inclusive, incentivada por Bolsonaro.
Ainda segundo o UOL, a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística (CNTTL) e o Sindicato dos Transportadores Autônomos de Três Cachoeiras, no Rio Grande do Sul, também já estudam uma mobilização.