Sindicato dos servidores do MP comenta adoção do home office: “Decisão delicada, mas acertada”
A decisão do Ministério Público de Goiás (MP-GO) de adotar a modalidade remota de trabalho…
A decisão do Ministério Público de Goiás (MP-GO) de adotar a modalidade remota de trabalho é delicada, mas acertada. Foi o que afirmou o presidente do Sindicato dos Servidores do Ministério Público do Estado de Goiás (Sindsemp), Gilclésio Fernandes de Oliveira Campos. Em entrevista ao Mais Goiás, o dirigente sindical afirmou que a categoria está apreensiva com o aumento de casos de Covid-19.
“É uma situação extremamente delicada do nosso ponto de vista”, Disse Gilclésio. “Há um avanço claro da Ômicron no Brasil, e em Goiás não é diferente. Essa situação nos preocupa por causa dos nossos colegas expostos. Por esse lado, achamos acertado”.
O presidente ressaltou, entretanto, que compreende o papel que o MP-GO cumpre para a sociedade e afirmou que o trabalho irá continuar, ainda que de forma remota.
“Entendemos que o Ministério Público é, muitas vezes, o último recurso do cidadão e da sociedade. Por isso, é importante deixar claro que alguns servidores serão dispensados do trabalho presencial, por causa da natureza do trabalho, mas quele ele continuará em casa. Ele precisa ser feito e será feito”, ressaltou.
Prioridades no home office
Gilclésio afirmou ainda que essa decisão deve acontecer nos mesmos moldes do trabalho remoto de 2021. Na época a prioridade do teletrabalho foi para estagiários, assessores e trabalhadores dos grupos de risco. A maioria dos promotores, segundo o presidente, deve continuar no trabalho presencial.
Outro ponto abordado pelo presidente foi que ainda não é possível definir quantos servidores trabalharão em casa em todo o estado. “Não é possível definir isso porque o que ficou determinado é que o mínimo é de 50%. Nesse caso, cada promotor responsável pela sua comarca tem autonomia para estabelecer o home office”.
Perguntado sobre a possibilidade da medida ser estendida, a exemplo do que aconteceu em 2020 e 2021, o presidente afirmou que vai depender da evolução da doença no estado.
“Acredito que o que vai definir [se a medida irá ser estendida] será o recuo ou avanço da doença. Não será uma decisão tomada pelo Ministério Público. De qualquer forma, nossa prioridade é fazer com que o trabalho seja prestado da melhor maneira possível”.