PROTESTO

Sindicatos fazem ato em Goiânia por reajuste salarial de servidores públicos federais

Entidades apontam que defasagem salarial de professores pode chegar a 35% em janeiro

Sindicatos fazem ato em Goiânia por reajuste salarial de servidores públicos federais (Foto: Adufg-Sindicato)

O Sindicato dos Docentes das Universidades Federais de Goiás (Adufg-Sindicato) e o Sindicato dos Trabalhadores Técnico-Administrativos em Educação do Estado de Goiás (Sint-Ifesgo) realizam, em Goiânia, um ato pelo reajuste salarial para os servidores públicos federais. A manifestação será na próxima terça (12), às 8h, em frente ao prédio da reitoria da Universidade Federal de Goiás (UFG), no campus Samambaia.

De acordo com os sindicatos, o movimento estudantil participará em apoio aos protestos. Entre as demandas, está a ampliação do Projeto de Lei Orçamentária (PLOA) 2024. O segmento entende que isso é necessário para contemplar as perdas salariais dos servidores nos últimos anos. Além disso, o ato também reivindicará melhores condições de trabalho e a aprovação do projeto de lei que prevê a criação da Política Nacional de Assistência Estudantil (Pnaes), que tramita no Senado.

“Os servidores ficaram nos últimos sete anos sem nenhum reajuste, então a inflação comeu o poder aquisitivo dos salários”, declara o presidente do Sint-Ifesgo, Fernando Mota. Segundo ele, com a disputa sobre o orçamento no Congresso, “se não nos mobilizarmos e não participarmos junto ao governo, pressionando o governo e o Congresso, não teremos o reajuste salarial”.

Ele lembra que o movimento é nacional. “Por isso convocamos todos e todas, de forma unificada, nos diversos movimentos sindicais e estudantis para defesa do serviço público e valorização dos trabalhadores.”

As entidades reforçam que o governo federal não apresentou propostas de reajuste para o próximo ano. Segundo elas, a única informação é que há a reserva de R$ 1,5 bilhão para possíveis recomposições. O valor, contudo, não é suficiente para reajustar os salários de todos os servidores nem mesmo em 1%. Somente a categoria dos professores deve chegar a janeiro de 2024 com 35% de defasagem, segundo os sindicatos.

Já está prevista, contundo, uma reunião da Mesa Nacional de Negociação Permanente (MNNP) com o Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI) para 18 de dezembro.