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Sindisaúde inicia greve na terça-feira com expectativa de grande adesão dos servidores efetivos

Depois de decidirem em assembleia geral pelo início da greve dos servidores estaduais da saúde…

Depois de decidirem em assembleia geral pelo início da greve dos servidores estaduais da saúde e comunicarem o Estado na última quinta-feira (15), o Sindicato dos Trabalhadores do Sistema Único de Saúde de Goiás (Sindisaúde-GO) marcou para a próxima terça-feira (20) às 14 horas, em frente à Assembleia Legislativa, o início da paralisação.

Na terça, cumpridas as 72 horas após a comunicação da deflagração da greve, os servidores que aderirem à paralisação devem deliberar como se dará a atuação do movimento grevista para pressionar o Estado a cumprir o pagamento da data-base dos anos de 2007, 2008, 2009, 2010, 2015 e 2016.

Outras reivindicações são a retirada do Projeto de Lei de autoria do governo de Goiás número 2.759 de 2016 que prevê a alteração da Lei número 14.600 de 2003 e adotar o pagamento máximo de até 50% dos Prêmios de Incentivo e Adicional, por produtividade, por meio do DataSUS, do Ministério da Saúde.

“Esse pagamento dos prêmios não obriga o Estado a pagar até 100% por produtividade, mas é um incentivo que não pode ser limitado a no máximo 50%. Parece ser uma forma de tentar acabar com esses pagamentos aos servidores efetivos estaduais da saúde”, disse a presidente de Sindisaúde, Flaviana Alves.

Sobre a data-base, a presidente do sindicato informou que a perda dos servidores estaduais já chega a 48% pelo não reajuste nos seis anos citados. “Além disso, o Plano de Carreiras, que deveria ter sido cumprido em dezembro de 2015, e que ficou para dezembro de 2016, já representa uma perda que vai de 5% a até 15% para cada funcionário efetivo.”

Adesão
Como a greve ainda não começou, o Sindisaúde disse que ainda não é possível dizer quantos servidores participarão. A entidade afirmou que o Estado tem hoje cerca de 9 mil funcionários efetivos em atividade. “A parte administrativa para toda. Vamos respeitar os 30% exigidos por lei e, claro, manter os serviços de urgência e emergência em funcionamento”, declarou Flaviana.

Ela explicou que, como o Estado tem unidades administradas por Organizações Sociais (OSs), não há qualquer expectativa de que os funcionários contratados participem da greve. O que será observado é a quantidade de efetivos por unidade, com paralisação do maior número possível em todas as unidades de Goiás. “A expectativa é de que todas as regionais estaduais participem da paralisação.”

Resposta
Em nota, a Secretaria Estadual de Saúde (SES) afirmou que respeita o direito dos servidores em realizar a greve e pede que sejam observadas as exigências legais para que os serviços de assistência hospitalar e médica não sejam paralisados em sua totalidade. “Os atendimentos de emergência e urgência, UTI e atividades afins também devem ser garantidos durante o período de greve, como também mantida a sequência do tratamento dos pacientes internados.”

Leia a nota na íntegra:

“A respeito de anúncio de greve dos servidores da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), informamos que a pasta respeita o direito de paralisação dos servidores.

A assistência médica ou hospitalar é um serviço ou atividade essencial, sendo que a grave deverá respeitar a legislação, não prejudicando o atendimento mínimo à população. Os atendimentos de emergência e urgência, UTI e atividades afins também devem ser garantidos durante o período de greve, como também mantida a sequência do tratamento dos pacientes internados.

A SES informa ainda que toda a política salarial dos servidores do Estado é de competência de Secretaria de Estado de Gestão e Planejamento (Segplan).

Comunicação Setorial da SES”