“Sinto muito pela vida deles”, diz superintendente de Goiás sobre quem nega vacina
Em entrevista ao Mais Goiás nesta terça-feira (19), a superintendente de Vigilância em Saúde de…
Em entrevista ao Mais Goiás nesta terça-feira (19), a superintendente de Vigilância em Saúde de Goiás, Flúvia Amorim, afirmou que o governo do Estado continuará fazendo um trabalho informativo e de esclarecimento quanto aos efeitos e necessidade da vacina contra a covid-19 e criticou à aqueles que, mesmo diante de evidências científicas, assumem uma postura de rejeição ante o imunizante.
Na última segunda-feira (18), o estado de Goiás recebeu cerca de 183 mil doses da Coronavac, desenvolvida pelo Instituto Butantan de São Paulo. No entanto, mesmo com eficácia atestada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), uma parcela minoritária da população insiste em rejeitar a imunização (pesquisa Datafolha de dezembro mostrou que 22% dos brasileiros afirmam que não pretendem se vacinar contra a covid-19, enquanto 73% dizem que vão se imunizar).
Questionada sobre esse movimento negacionista da vacina, Flúvia declarou que o governo estadual faz um contínuo trabalho de informação para que haja pleno esclarecimento quanto à vacina e lamentou pelos indivíduos que, ainda assim, se recusam a se imunizar.
“A gente vai falar e vai continuar falando a verdade. O que os estudos mostram, o que as nossas avaliações mostram, os dados reais. Nós temos a obrigação de fazer isso. Mesmo tendo todas essas informações, algumas pessoas não acreditam ou acham que essas informações não são verdadeiras, que a vacina não é eficaz, o que eu posso dizer é sinto muito pela vida deles e pela vida de quem está perto deles”, afirmou a superintendente.
Esquema de vacinação
O Ministério da Saúde esquematizou a campanha de vacinação e programou o início oficial para amanhã, quarta-feira (20). Entretanto, alguns municípios se adiantaram, como Goiânia, que começou hoje (19) a vacinar idosos e profissionais de saúde.
Segundo Flúvia, a segunda dose da vacina, referente á 1ª etapa, já está garantida e armazenada e deve começar a ser distribuída aos municípios a poucos dias da aplicação, o que deve ocorrer entre 2 a 4 semanas, que é o prazo recomendado pela própria Anvisa.
A superintendente destacou, porém, que ainda não há quantidade e nem prazo definidos quanto ao envio da 2ª remessa das doses da vacina por parte do Ministério da Saúde.
Por fim, Flúvia chamou atenção da população para o modelo de vacinação usado pela Secretaria de Saúde, uma vez que criminosos têm se passado por agentes do governo para ligar para indivíduos, no falso intuito de “agendar a vacina” e, assim, roubar dados pessoais e sigilosos.
“O que foi orientado aos municípios é que, como são poucas doses, mandem equipes para vacinar in loco. Ou seja, vão até os hospitais e abrigos vacinar os idosos e os deficientes. Por parte do Estado, não há agendamento, não existe ligação. No caso de dúvida, a pessoa pode ligar na secretaria de Saúde de seu município”, arremata.