“Situação do transporte coletivo é revoltante”, afirma Iris
A qualidade da prestação de serviços do transporte coletivo é bastante questionada pela população. Em…
A qualidade da prestação de serviços do transporte coletivo é bastante questionada pela população. Em tempos de pandemia do novo coronavírus, a situação se agravou por conta das lotações e a possibilidade de transmissão da doença. As concessionárias chegaram a sugerir o fechamento dos terminais. Questionado pelo Mais Goiás sobre o assunto, o prefeito Iris Rezende (MDB) avalia que é preciso haver união do Estado, da Prefeitura de Goiânia e dos demais municípios quanto a questão. “[Estou] revoltado com a situação do transporte coletivo”.
“Eu entendo que governo estadual, a Prefeitura de Goiânia e os municípios da região metropolitana precisam se unir para resolver o problema, porque é realmente complexa essa questão do transporte”, reforça o prefeito da capital.
De acordo com Iris, sem citar nomes, a mudança da gestão do transporte do estado para a região metropolitana, ocorrida na gestão Marconi Perillo (PSDB), deixou o sistema “anarquizado”. “A questão do transporte coletivo de Goiânia é uma das mais complexas que pode se conceber. Eu fico até revoltado diante dessa situação. Quando fui prefeito, instituímos um sistema de transporte coletivo em Goiânia que fez história. Abrimos uma licitação e as empresas que ganharam as linhas. No dia que seria iniciado o cumprimento do contrato, Goiânia presenciou a chegada de 1,2 mil ônibus zero quilômetro, com dispositivo para cadeirantes.
Ele completa. “Chega um governador em Goiás e quis criar o sistema metropolitano, incluindo Bela Vista, Nerópolis, todas as cidades da Região Metropolitana. Assim, ele anarquizou, acabou com o transporte coletivo. A verdade é essa, a gente tem que explicar porque o transporte urbano de Goiânia chegou a essa situação”, declarou o prefeito ao Mais Goiás.
Aporte
O Governo de Goiás informou nesta quarta-feira (8) que fez na noite desta terça-feira (7), depósito em juízo de R$ 9,149 milhões para auxílio de emergência às empresas concessionárias de transporte coletivo que operam na Região Metropolitana de Goiânia (RMG).
O depósito judicial ocorre após homologação parcial, por parte da Justiça, do Plano Emergencial para evitar a paralisação e o colapso do serviço de transporte coletivo na Região Metropolitana de Goiânia.
O Estado de Goiás ficaria responsável por 17,65% dos recursos desse Plano Emergencial, cabendo ao Município de Goiânia 41,18%; a Aparecida de Goiânia, 9,41%; a Senador Canedo, 8,24%; e aos demais municípios, 23,53%.
A decisão foi da juíza Mariuccia Benicio Soares Miguel, da 6ª Vara da Fazenda Pública Estadual. A juíza entendeu que cabe à Defensoria Pública e ao Ministério Público o acompanhamento.