A Secretaria Municipal de Goiânia (SMS) está em alerta para um possível surto de rotavírus na cidade. Nas últimas quatro semanas, oito casos foram registrados em crianças menores de quatro anos.
A doença diarreica aguda (DDA) é uma síndrome causada por diferentes agentes etiológicos (bactérias, vírus e parasitas), sendo o rotavírus o pior agente causador. O principal sintoma é o aumento do número de evacuações, com fezes aquosas ou de pouca consistência. Podem ser acompanhadas de náusea, vômito, febre e dor abdominal e, geralmente, duram de 2 a 14 dias. Normalmente acomete mais as crianças e a transmissão se dá por via fecal-oral, pelo contato direto entre as pessoas, por utensílios, brinquedos, água e alimentos contaminados.
A SMS orienta a população para a prevenção da doença por meio de práticas higiênicas tradicionais como lavagem de mãos, controle da qualidade da água e dos alimentos e destino adequado dos dejetos e do esgoto. O gerente de doenças e agravos transmissíveis, Leandro Nascimento, afirma que ‘estes cuidados são imprescindíveis para a prevenção de surtos de diarreia.’ Além disso, a vacina oral rotavírus está disponível em todas as salas de vacina das unidades de saúde.
A gerente de imunização da SMS, Grécia Pessoni, destaca que é importante que as mães não atrasem o esquema de vacinação. A vacina é disponibilizada para crianças de dois e quatro meses. Sendo que a primeira dose deve ser feita até os três meses e quinze dias e a segunda até sete meses e vinte e nove dias. Se o indivíduo apresentar os sintomas deve procurar atendimento médico.
Para Leandro Nascimento, “os surtos de diarreia por rotavírus devem ser investigados para que medidas mais eficazes de controle e prevenção possam ser adotadas o mais rápido possível”. Por isso, a ocorrência de dois ou mais casos de diarreia em um mesmo ambiente de convivência deve ser notificada à Vigilância Epidemiológica ou Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS) de Goiânia, que funciona 24 horas, inclusive fins de semana e feriados.
Além de fornecer orientações sobre a doença, as notificações são redirecionadas para as vigilâncias epidemiológicas locais, desencadeando as investigações e medidas de controle.