Somente Goiás e o Distrito Federal permanecem na zona crítica referente à taxa de ocupação dos leitos de UTI para Covid-19. É o que aponta o Boletim Observatório Covid-19 da Fiocruz, divulgado na última terça-feira (27). Conforme a fundação, os índices entre os dias 19 e 26 de julho apresentaram “melhoras substantivas”, com exceção de Goiás e do DF, que ainda têm mais de 80% de taxa de ocupação.
O boletim destacou que, embora esses dois entes federativos estejam com as taxas acima de 80%, o caso do DF reflete a estratégia de retirada de leitos, “possivelmente deslocados para outras finalidades, frente à redução da demanda imposta pela Covid-19”. “Ou seja, Goiás é o único estado que requer preocupação quanto ao indicador”, conclui a Fiocruz.
Conforme dados da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) da tarde desta quarta-feira (28), o índice de ocupação de leitos de UTI do Estado para pacientes com Covid é de 85%.
A reportagem do Mais Goiás entrou em contato com a SES-GO sobre o indicador e aguarda um retorno.
Atualização:
Em nota enviada ao Mais Goiás, a SES-Go declarou que a taxa de ocupação dos leitos de UTI da rede pública por pacientes com Covid-19 mantém um “platô de estabilidade”, mas que vem sendo acompanhada pelas autoridades sanitárias.
Veja a nota na íntegra:
“A taxa de ocupação dos leitos de UTI da rede pública por pacientes com Covid-19 em Goiás tem variado entre 75% a 85%, mantendo um platô de estabilidade. Esse é um sinal de alerta, que vem sendo acompanhado continuamente pelas autoridades sanitárias.
Não houve fechamento de leitos e nem hospitais na rede estadual. O Estado conta com oito hospitais de campanha, além de leitos em unidades próprias e conveniadas. Ao todo, há 608 UTIs para casos de Covid-19 na rede estadual.
Semanalmente é realizado um estudo sobre a situação epidemiológica do Estado, considerando a aceleração do contágio e a sobrecarga do sistema de saúde nas 18 regiões de Goiás. Os resultados são classificados em três categorias que servem para subsidiar os gestores na tomada de decisão sobre as medidas sanitárias adotadas em cada município. As flexibilizações podem ocorrer, mas com os devidos cuidados sanitários, o que exige participação da população no cumprimento das regras.
A vacinação segue um ritmo bom, mas tem ocorrido atrasos por conta do registro de doses aplicadas pelos municípios. A SES-GO, em parceria com as Secretarias Municipais de Saúde, tem trabalhado para mitigar essa situação. Também é importante que as pessoas retornem para completar o esquema vacinal, no caso dos imunizantes que exigem duas doses, pois só assim se atinge uma melhor eficácia na imunização.”