“Só quero justiça”, afirma filha de vítima de golpe de plano de saúde

“Só quero justiça”, afirma Jessiane Ramos, filha de Jovenil de Morais Ramos. O pai dela morreu no dia 13 de maio deste ano, aos 53 anos, após aguardar consultas e exames de um suposto plano de saúde. Os serviços foram prometidos por Marlos Luz da Silva Júnior, preso nesta terça-feira (22). De acordo com a Polícia Civil (PC), o homem confessou vender falsos planos de saúde em Goiânia e também cargos públicos.

“Parece que ele tinha acesso ao sistema da fila de espera do SUS, pois ia direto nas pessoas que precisavam”, relata Jessiane. Segundo a mulher, Marlos abordou o pai dela, que sofreu um infarto, na fila da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Parque Flamboyant. “Ele disse ao meu pai que poderia conseguir vagas em clínicas se ele adquirisse um ‘Plano Comunitário’”, afirma Jessiane.

O suspeito cobrou de Jovenil o total de R$ 700. “Seria R$ 350 antes e R$ 350 depois da série de exames e consultas”, conta a filha da vítima. “Meu pai, mesmo mal, ia para as clínicas apontadas pelo Marlos e esperava por horas. Depois as secretárias diziam que o nome dele não estava na lista de atendimento”, relata a mulher.

Além do pai de Jessiane, outros familiares caíram nos golpes. Foram dois tios e uma tia. Para duas primas da mulher ele prometeu empregos e cursos preparatórios. “Ele prometia tudo demonstrando muita facilidade”, conta.

Conforme já noticiado pelo Mais Goiás, a suspeita da PC é que o homem tenha feito mais vítimas em Goiânia e Aparecida de Goiânia. Já preso preventivamente, Marlos responderá inicialmente por cinco estelionatos. Em depoimento, ele alegou que desde criança “tem a necessidade incontrolável de mentir”.