Sob intervenção, Saúde de Goiânia reforça Samu e unidades de urgência com mais pessoal
Trabalhadores são enfermeiros, farmacêuticos, biomédicos, auxiliares de farmácia, técnicos em enfermagem, laboratório e radiologia
Agora sob intervenção do Estado na Saúde, a prefeitura de Goiânia começou a lotação de 129 profissionais de saúde convocados pelo Edital de Chamamento Público nº 007/2024, nesta terça-feira (10). Eles reforçarão as unidades de urgência e emergência e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).
Segundo a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), os trabalhadores são enfermeiros, farmacêuticos, biomédicos, auxiliares de farmácia, técnicos em enfermagem, laboratório e radiologia. A pasta esclarece, ainda, que a lotação segue de acordo com a demanda da rede. Novos credenciamentos, seguindo os requisitos do edital, podem ocorrer.
Os convocados devem comparecer com a documentação exigida, a partir desta terça, na Gerência de Contratos, Convênios e Credenciamento da SMS, no Paço. Os contratos podem ser assinados das 8h às 12h e das 13h às 17h.
A convocação consta no Diário Oficial do Município (DOM) da última quinta-feira (5/12). Ela faz parte do processo de credenciamento de prestadores de serviços para melhorar o atendimento à população pelo Sistema Único de Saúde (SUS) da capital.
Intervenção
O Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO) determinou, na segunda-feira (9), a intervenção estadual na Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia. A medida, considerada excepcional, foi aprovada após algumas horas de julgamento, que contou com argumentos do Ministério Público de Goiás (MPGO) e da defesa do município, além de um voto detalhado do relator do processo, pelo desembargador Jeronymo Pedro Villas Boas.
A intervenção, que será temporária, busca solucionar a crise no sistema de saúde da capital, marcada por falta de insumos, precariedade no atendimento e denúncias de ineficiência administrativa. A medida ocorre após a prisão do ex-titular Wilson Pollara, uma passagem relâmpago da substituta, Cynara Mathias, que ficou uma semana no cargo, e uma declaração do novo titular, Pedro Guilherme, que em entrevista relatou cenário de calamidade e inviabilidade de pagar contas após um bloqueio de R$ 57 milhões do MPGO.