Sob risco de deslizamento, quatro casas são interditadas em Pontalina
Imóveis, que ficam próximos ao Córrego Lava-pé, correm risco de serem levados pela água caso haja novo temporal na cidade
Quatro casas localizadas em Pontalina precisaram ser interditadas na tarde deste domingo (6) pelo Corpo de Bombeiros e Defesa Civil. Isso porque os imóveis, que ficam próximos ao Córrego Lava-pé, correm risco de serem levados pela água caso haja novo temporal, como o que ocorreu entre sexta-feira (3) e sábado (4) e acabou contribuindo para o rompimento de uma represa na fazenda São Lourenço de Guarirobas.
A interdição, segundo explica o tenente Ricardo Matos, é temporária. “Visualmente os locais apresentavam risco de deslizamento em caso de chuva. Foi solicitado que os moradores se ausentassem das residências sobretudo no período noturno porque a chuva pode chegar e as pessoas não notarem, o que pode causar algum desastre”.
Matos ressalta que a prefeitura de Pontalina já foi informada e que um corpo técnico do município fará uma avaliação para saber se a interdição será mantida. O tenente cita ainda que a prefeitura já providenciou um abrigo para que tais pessoas permaneçam até que a situação seja normalizada. Em nota divulgada no site oficial da cidade, a prefeitura alega que está prestando as devidas assistências às famílias afetadas.
Danos
Segundo o major Renato Simões, da Defesa Civil, o rompimento da barragem causou estragos pela cidade, mas que o mais contribuiu para as mais de 9 horas que a cidade se manteve embaixo d’água foi o alto volume da chuva.
“Isso ocasionou algumas cheias em lagos da região, resultando em água invadindo as casas. Ocorreu o comprometimento do abastecimento de água nas residências do município. Agora o trabalho da Defesa Civil e dos demais órgãos responsáveis é monitorar toda a região da barragem para que não tenhamos novas ocorrências”, acrescenta Simões.
De acordo com o major, levantamento realizado pela corporação mostra que outras 24 residências da cidade foram atingidas pela força da água e 29 pessoas afetadas. Duas delas estão desalojadas. Apesar de tudo isso, o major tranquiliza e afirma que, até o momento, a situação na cidade está “normalizada.”
Vistorias preventivas
Na manhã deste domingo (05/01), técnicos da Semad comandaram sobrevoo panorâmico na região para identificar possíveis danos causados pelas enchentes. Choveu moderadamente pela manhã na região. Entre o período das 12h de sábado até as 7h de domingo (05) as chuvas atingiram mais de 6,2mm.
Em seguida, os técnicos vistoriaram três barragens a montante (antes deste ponto referencial onde aconteceu o rompimento). Em uma delas foi observado que as águas ainda passam por cima do barramento. O proprietário rural foi devidamente orientado sobre os procedimentos a serem adotados. Em outra propriedade, os profissionais observaram que a água continua passando pelo talude. Por isso, o local continua sendo monitorado.
No período da tarde, as equipes seguiram com vistorias nos dois barramentos que se encontram dentro da área urbana do município.
O abastecimento de água também já foi retomado em Pontalina. Por volta das 11h40 deste domingo, a Saneago anunciou o início da normalização que ocorre gradualmente. A recuperação total do sistema com fornecimento de água a todas as regiões da cidade, incluindo os bairros mais distantes da Estação de Tratamento de Água e os da parte alta. Retomada do serviço estava prevista para domingo.
Também pela manhã, equipe da Goinfra realizou nova avaliação das duas pontes abalroadas pelas águas. De acordo com avaliação preliminar, a rodovia GO-215 deve ficar interditada pelo período de 14 dias, enquanto, a GO-040 seguirá fechada por 40 dias. Os prazos são necessários para que se possa realizar as obras de recuperação das pontes.