Mais uma morte foi confirmada por gripe H1N1 em Goiás. Com essa nova notificação, passa para dez as mortes provocadas pela doença neste ano, com 69 confirmações de casos. A informação é do novo boletim de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), divulgado nesta quarta-feira (20/04), pela Secretaria da Saúde (SES-GO).
“Estamos em estado de alerta, os números vêm aumentando, por isso antecipamos a campanha de vacinação contra a influenza para que a população mais vulnerável ao agravamento da doença seja imunizada”, destaca o secretário Leonardo Vilela, afirmando, ainda, que a vacina é a medida mais eficaz para enfrentar o problema.
De acordo com o boletim, a décima morte é de uma moradora de Goiânia, uma idosa, que faz parte do grupo de risco preconizado pelo Ministério da Saúde (MS) para receber a vacina. Rio Verde lidera o número de mortes, com três casos. Goiânia teve duas mortes e o restante foi em Anápolis, Planaltina, Ouvidor, Caldas Novas e Ipameri, com um caso cada.
Campanha de Vacinação
A gerente de Imunizações e Rede de Frio da SES, Clécia Vecci, lembra que até o momento já foram enviadas 686 mil doses da vacina para todos os municípios goianos. “Enviamos todas as doses que recebemos do Ministério da Saúde, cerca de 48% de tudo que será enviado até o fim da campanha. A previsão é que o Estado receba mais 25% das doses até o dia 30 de abril e o restante até 15 de maio”, revela.
Clécia alertou para a necessidade dos municípios realizarem uma estratégia eficiente para vacinar somente os componentes dos grupos prioritários, para que não haja falta de vacina. “O papel do gestor municipal é fundamental para vacinar somente os grupos de risco, devido à possibilidade do agravamento da doença nessas pessoas”, diz. Clécia Vecci destacou que pelo fato de o vírus ter entrado em circulação antes do previsto e com maior gravidade, gerando mortes, houve uma procura massiva pela população. “Mesmo com esse cenário, as doses de vacina foram calculadas para cobrir todos os grupos.
Até o dia 20 de maio, final da campanha, Goiás receberá 1,5 milhão de doses para os grupos prioritários.” Outro ponto importante destacado por Clécia Vecci é sobre a necessidade das secretarias municipais de Saúde informarem quantas doses foram aplicadas. Até agora, 162 municípios não enviaram nenhum dado da vacina já utilizada.
Grupos prioritários
A vacina contra a gripe é aplicada na rede pública de saúde em pessoas que integram os grupos de risco: idosos, gestantes, crianças de 6 meses a menos de 5 anos, mulheres que estão na fase de resguardo (45 dias depois do parto), portadores de doenças crônicas, indígenas, população carcerária, profissionais de saúde e adolescentes em cumprimento de medidas socioeducativas.