Número de vítimas de ginecologista preso por abuso sexual em Anápolis sobe para 53
Justiça decidiu manter Nicodemos Júnior Estanislau Morais preso após audiência de custódia
A Polícia Civil de Goiás confirmou nesta segunda (4) que 53 mulheres já denunciaram o ginecologista Nicodemos Júnior Estanislau Morais, que tem 41 anos e reside em Anápolis, por abuso sexual desde sua prisão. na última quarta-feira (29). Nicodemos já passou por audiência de custódia na última semana, e o juiz decidiu mantê-lo em prisão preventiva.
Ao Mais Goiás, a delegada responsável pelo caso, Isabella Joy, contou que das denúncias registradas até agora 52 são de violação sexual mediante fraude e uma é de estupro de vulnerável, referente a uma jovem que tinha 12 anos de idade à época em que o médico teria cometido o abuso.
A delegada disse também, recentemente, que um fato que chamou sua atenção é que todos os relatos registrados até o momento são muito iguais em seu teor, o que indica um só modus operandi do acusado para todas as vítimas. “Há diversos relatos de vítimas que ele tentou agarrar, beijar, que ele fez com que tocassem no órgão genital dele, vítimas que ele abusou durante o parto, que sofreram depressão pós-parto por causa dele”, revelou.
Ginecologista de Anápolis teria oferecida cirurgia em troca de sexo
A delegada Isabella Joy informou também que uma das denúncias diz respeito a uma cirurgia que Nicodemos Júnior teria oferecido a uma paciente em troca de sexo.
A cirurgia era uma ninfoplastia, procedimento que consiste na redução dos pequenos lábios vaginais quando o caso é de hipertrofia dessa área. “A vítima ia fazer cirurgia ninfoplatia e ele era um dos médicos que fazia aqui no estado. Ele teria oferecido sexo para a paciente e, em troca, ela não precisaria pagar [pelo procedimento]”, detalhou a delegada.
O Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) informou, por meio de nota, que “vai apurar o caso e a conduta do médico no exercício profissional”. Já a defesa de Nicodemos afirmou em nota divulgada na última semana que o médico “em nenhum momento realizou qualquer tipo de procedimento médico com cunho sexual.”