Sobe para três o número de mortos em incêndio de empresa de reciclagem, em Aparecida
Subiu para três o número de mortos no incêndio no depósito de reciclagem da empresa…
Subiu para três o número de mortos no incêndio no depósito de reciclagem da empresa Eco-VR, localizado no Setor Santa Luzia, em Aparecida de Goiânia. A informação foi confirmada, em nota, pela própria empresa, nesta sexta-feira (7), e destaca que Luis Jerferson Almeida Rosa não resistiu após ficar oito dias internados na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital de Urgências Governador Otávio Lage (Hugol).
De acordo com o texto, a empresa destaca que “foi com profundo pesar e consternação que a EcoVR recebeu, na tarde desta sexta-feira (07/06), a notícia da morte do colaborador Luis Jerferson Almeida Rosa. A prioridade da empresa, neste momento, é prestar todo o suporte médico, psicológico e material às vítimas e seus familiares.” Leia a nota completa no final da matéria.
Além de Luis Jerferson, também morreram Jeferson Andrade Silva, que estava internado no Hugol, e Antônio Filho dos Santos Araújo, que foi encontrado carbonizado ainda no local do incêndio. Outros dois trabalhadores ainda continuam internados, sendo eles Adriano Silva Castro e Lucas Paca da Silva. Cezar Ribeiro de Souza teve alta na última quarta-feira (5).
O Mais Goiás entrou em contato com o Hugol que informou que Adriano encontra-se internado a UTI em estado grave, sedado e respira com ajuda de aparelhos. Lucas também está internado na UTI e em estado grave, mas encontra-se consciente e respira espontaneamente.
Relembre o caso
O incêndio começou por volta das 19 horas da noite do último dia 30 de maio. De acordo com as testemunhas, a explosão foi ouvida por mais de cinco quilômetros do depósito. Segundo o corpo de Bombeiros, 49 militares da corporação e 19 viaturas foram deslocados para combater as chamas. Cerca de 30 minutos depois, o fogo foi confinado, ou seja, não poderia mais se espalhar.
Na última quarta-feira (5), a Polícia Civil (PC) apresentou laudos nos quais mostraram que a causa da explosão e incêndio foi a grande quantidade de gás butano presente no local. Isso ocorreu após os trabalhadores abrirem cilindros de desodorantes para ter início ao processo de reciclagem. “Trata-se de um gás mais denso que o ar e altamente inflamável. Ele formou uma espécie de ‘cobertor’ sobre ao solo. A primeira explosão teve início após essa espécie de cobertura ter entrado em contato com algum ignitor”, afirmou o perito Celso Faria de Souza.
À frente das investigações, o delegado Diogo Barreira, da 7ª Delegacia de Polícia, disse na ocasião que os laudos serão anexados ao inquérito e que os sobreviventes e responsáveis pela empresa foram ouvidos. “São informações fundamentais para o nosso trabalho. Hoje ouvimos o dono da empresa e o gerente da unidade. A tragédia resultou em mortes e, por isso, os responsáveis podem responder por homicídio culposo”, ressaltou.
Leia a nota completa da empresa EcoVR
Nota de pesar
Foi com profundo pesar e consternação que a EcoVR recebeu, na tarde desta sexta-feira (07/06), a notícia da morte do colaborador Luis Jerferson Almeida Rosa. A prioridade da empresa, neste momento, é prestar todo o suporte médico, psicológico e material às vítimas e seus familiares.
Com relação à sua atuação, a EcoVR esclarece que dispõe de licenciamento ambiental para a realização de sua atividade fim (reciclagem de resíduos industriais) e que sua sede atende às exigências legais para a execução destas ações.
Como demonstração de sua transparência e lisura, a empresa está disponibilizando às autoridades todas as provas de que cumpria as normas de segurança do trabalho individual e coletiva, o que envolve desde acompanhamentos diários dos colaboradores, treinamentos constantes e orientações para utilização dos equipamentos de proteção e correto manuseio de objetos, instrumentos e veículos.
Por fim, a EcoVR reforça sua confiança no trabalho da Polícia Técnico-Científica e sua disposição de colaborar para a elucidação das causas do acidente ocorrido no dia 30 de maio.