Sul de Goiânia é a região com mais casos de Covid-19 e denúncias de aglomeração

A região Sul de Goiânia é a que tem mais denúncias de aglomeração de pessoas realizadas no aplicativo da Covid-19 da cidade, Prefeitura 24 Horas. São 2.216 reclamações de 8.207, cerca de 27% total. As informações são prefeitura da capital, por meio da Secretário Municipal de Desenvolvimento Econômico, Trabalho, Ciência e Tecnologia (Sedetec), e começaram a ser colhidas em 23 de março, ainda no começo da pandemia do novo coronavírus, até o dia 2 de junho.

Vale destacar que os setores com mais casos confirmados da Covid-19 são Oeste e Bueno, ambos localizados na região Sul. Dos 2.175 infectados, conforme boletim da secretaria municipal de Saúde de terça-feira (2), os dois bairros têm, respectivamente, 145 e 99 pessoas com o vírus. Inclusive, foram 365 reclamações no Bueno, 332 no setor Sul e 260 no Jardim América.

O aplicativo recebeu, ainda, 5.355 denúncias de estabelecimentos que estão abertos sem permissão. Mais uma vez a região sul é primeiro lugar, com 1.680. Os campeões de denúncia são: os setores Sul (314), Setor Bueno (272) e Jardim América (209)

Isolamento

Destaca-se que, segundo nota do Centro de Operações de Emergência em Saúde Pública (COE), os próximos 15 dias serão decisivos para que as atividades econômicas possam ser reiniciadas com segurança em Goiânia. O COE se reuniu na segunda-feira (1º).

Segundo um estudo realizado pela Universidade Federal de Goiás (UFG), existem três cenários possíveis baseados em taxas de isolamento social de 22 de maio a 31 de julho. “Uma em torno de 50-55% (semelhante ao atingido no início da quarentena em Goiânia, pelo decreto estadual); outra em torno de 38% (semelhante ao atual momento); e uma terceira com uma taxa de isolamento com tendência de redução chegando até em torno de 30% (semelhante à rotina da população antes do início da pandemia).”

Segundo a nota, no melhor cenário de isolamento seriam necessários menos de 50 leitos de UTI por dia e os óbitos chegariam a um total de 200 até final de julho 2020. Já no segundo caso, 38%, seriam precisos 200 leitos-dia de UTI e um total acumulado de mil óbitos.

“No pior cenário, que assume tendência de redução gradual do isolamento no período, o número de leitos de UTI necessários diariamente passaria para 380 e o total de mortes por Covid-19 chegaria a 1.700”, destaca a nota do COE e complementa: “Diante do estudo é possível dizer que o resultado final da epidemia em Goiânia dependerá fundamentalmente do comportamento da população nas próximas semanas.”