PÓS-PANDEMIA

Superintendente torce para que “cultura do uso de máscara” se consolide em Goiás

Desde a pandemia da H1N1, em 2009, existe a defesa da proteção em determinados locais e situações

Mesmo sem obrigação, cultura do uso de máscara deve permanecer, diz Flúvia Amorim (Foto: Marcelo Camargo - Agência Brasil)

Para a superintendente de Vigilância em Saúde de Goiás, Flúvia Amorim, a cultura do uso de máscara deve permanecer no Estado e País, mesmo após a flexibilização e o arrefecimento da pandemia da Covid-19que ainda não tem data para acontecer. Segundo ela, desde a pandemia da H1N1, em 2009, existe a defesa da proteção em determinados locais e situações.

“Acredito que a Covid vai mudar a cultura das pessoas de usarem máscaras em local fechado”, aponta ao citar o transporte público e até restaurantes self services. Ainda segundo ela, já era indicado que as pessoas com sintomas de gripe usassem a proteção.

Ela lembrar, por exemplo, que alguns países asiáticos já tem esse costume, como o Japão. A medida, pode impedir transmissão de diversas doenças.

Flexibilização do uso de máscara em Goiás

Sobre a flexibilização para o uso do equipamento de proteção, a superintendente afirma que não há debate neste momento. A discussão, segundo ela, só deve começar após a vacinação com as duas doses de todo o público-alvo (acima de 12 anos) passar, no mínimo, dos 70% da população.

“Segundo estudos, a partir desse percentual se inicia a queda de infecções, transmissões e óbitos”, declara ao Mais Goiás. Hoje, ela aponta, o Estado está com 48,2% da população geral completamente imunizada. Para ela, não se pode baixar a guarda neste momento.

“Quando estivermos chegando, vamos conversar como vai ser, utilizando a experiência de outros países com experiências exitosas”, expôs e emendou: “Primeiro, liberar em local aberto, continuar o controle, e então para o resto. Mas a retirada da máscara é a última medida de segurança.”

Goiás, transmissão e cuidados com a Covid

Em Goiás, já foram mais de 8 milhões de vacinados. São aproximadamente 72% com a primeira dose e 48% com as duas. A expectativa, com este avanço, é se tornar cada vez mais comum intervalos nos registros de óbitos pela doença.

“Mas não podemos baixar a guarda, mesmo com todos esses avanços. A preocupação é que uma variante escape da vacina”, disse a superintendente em outra ocasião, também ao portal. Flúvia afirmou que era necessário, ao máximo, evitar a transmissão não só em Goiás, mas no Brasil e no mundo. “Onde tem alta transmissão, é possível que surja uma nova variante.”

Até por isso, a superintendente declara que não é hora para tirar a máscara. “Ainda não temos um percentual que nos dê segurança.”