Suspeita de gerir casa de prostituição é presa com R$ 9 mil escondidos em bota
Três mulheres que estavam na casa contaram que eram obrigadas a atender até 15 homens por dia
Uma operação da Delegacia da Mulher encerrou um esquema de exploração sexual de mulheres, no Setor Morada do Sol, na cidade de Rio Verde, Sudoeste de Goiás. Uma mulher, suspeita de gerenciar a casa onde aconteciam os abusos, foi presa nesta quinta-feira (8). Ela estava com R$ 9 mil escondidos dentro de uma bota. Dinheiro foi apreendido.
De acordo com a Polícia Civil, três mulheres, com idades entre 20 e 30 anos, eram exploradas há pelo menos três meses. Aos policiais, elas relataram que eram obrigadas a atender todos os clientes que solicitassem programa sexual. Além disso, não podiam recusar praticar os atos exigidos pelos clientes, pois podiam ser penalizadas pela suspeita.
Em depoimento, elas ainda disseram que eram obrigadas a praticar os programas ainda que estivessem em período menstrual ou com lesões nos órgãos genitais. Destacaram que as lesões eram constantes, já que chegavam a atender até 15 clientes em um único dia.
Os pagamentos eram feitos diretamente à suspeita e as garotas recebiam quantias fixas no final do mês. Segundo a corporação, todas as três vítimas são de outros estados do Brasil. Elas foram encaminhadas para locais seguros e, posteriormente, deverão retornar a seus estados de origem.
Na residência em que a suspeita foi presa em flagrante, policiais encontraram R$ 9 mil escondidos em um bota, bem como máquinas de cartão e agendas onde todos os programas, horários e valores eram anotados.
A polícia também apreendeu um celular com conversas entre os supostos clientes e a suspeita. Apesar de uma das mulheres ter sido presa, a principal líder continua sem ser localizada e, por isso, as investigações continuam.