Suspeito de agredir 14 ex-namoradas também queimou cão de uma delas com secador, diz PC
Queimaduras teriam sido infligidas como método de punição à ex-companheira. Mulher apresentou laudos de agressão e maus-tratos
Um homem de 30 anos está sendo investigado por queimar a pele de uma cadela com secador, na cidade de Uruaçu. O suspeito é o mesmo que foi preso, na última segunda-feira (24), por se apropriar indevidamente do carro de uma mulher, dona do animal, e sua ex-companheira.
No total, a polícia civil apura casos de ameaça, injúria, maus-tratos e calúnia que teriam sido praticadas por ele contra 14 ex-namoradas.
De acordo com a Polícia Civil, o homem mantinha relacionamento amoroso com a vítima, tutora do animal, há cerca de cinco meses e, mesmo assim, não a deixava conduzir o próprio carro. A partir de então, o teria passado a ameaçar e xingar a mulher com frequência. Além disso, para puni-la por determinadas discussões e por atitudes que ele não gostava, ele também supostamente agredia o animal. A cadela é da raça Shih-Tzu e teve queimaduras na região do ventre.
Segundo o delegado Peterson Amin, as lesões severas ocorreram em meados deste mês. A responsável pelo animal o levou ao veterinário, onde todo o atendimento médico foi prestado. Agora, a cadela está em fase de recuperação.
Em depoimento, a mulher relatou que as ofensas eram constantes e que o homem já a agrediu. Como prova, a mulher apresentou a polícia laudos médicos das violências e também o laudo veterinário do crime contra o cachorro. Apesar disso, o homem nega os crimes.
O Mais Goiás não conseguiu localizar a defesa do suspeito, pois o nome dele não foi divulgado.
Relembre a prisão
O empresário foi preso pela Polícia Rodoviária Federal, na última segunda-feira (24), na BR-153, trafegando sentido a cidade de Porangatu. No momento da abordagem, o suspeito estava sem documentação do veículo e admitiu que o carro era da sua ex-companheira.
De acordo com o investigador, a mulher explicou que o homem pegou o carro dela, sem dizer para onde ia e disse que não devolveria o veículo. Ela o denunciou e, no mesmo dia, a polícia o prendeu.
Com o registro da apropriação indébita no sistema, os policiais rodoviários federais conduziram o homem à delegacia de Polícia Civil da cidade. A partir daí, também constaram as outras 13 acusações de crimes na Lei Maria da Penha contra o homem.