Suspeito de arremessar tinta em mulher diz que crime foi causado por drogas e racismo
O suspeito de ter arremessado tinta branca em mulher durante agressão se apresentou à Polícia…
O suspeito de ter arremessado tinta branca em mulher durante agressão se apresentou à Polícia Civil e afirmou que crime foi motivado por uso de drogas e injúria racial. De acordo com a delegada Tereza Daniela, o homem foi até a Delegacia da Mulher de Goiânia (DEAM) na manhã deste sábado (23), acompanhado de um advogado.
Segundo a investigadora, o homem afirmou que ele e a mulher faziam uso de ‘crack’ antes do início da discussão. No depoimento, o homem alegou que após a droga ter acabado, a mulher pediu a ele que comprasse mais. Ele, no entanto, negou a solicitação.
Em resposta à recusa, o homem afirmou que a mulher teria o chamado de “preto fedido”, fato que desencadeou a discussão e agressão física de ambas as partes.
“Ele relatou que se sentiu ofendido, perdeu a cabeça e os dois se agrediram fisicamente. Disse que arremessou a tinta branca contra ela, dizendo que se achava ruim ele ser negro, então faria com que ela ficasse branca com a tinta,” afirmou a investigadora que instaurou um inquérito sobre o caso.
A delegada afirma, ainda, que a vítima não está mais hospitalizada e teve alta médica. A mulher ainda não foi localizada para prestar depoimento sobre o caso. Segundo a Tereza, as testemunhas do fato serão ouvidas e novas tentativas de localizar a vítima serão feitas na próxima semana. A mulher deve ser ouvida e encaminhada para exame de lesão corporal.
Relembre o caso do homem que arremessou tinta em mulher
Bombeiros militares socorreram uma mulher de 26 anos com o corpo todo coberto de tinta branca, na madrugada de sexta-feira (22), em Goiânia. À equipe, a mulher disse que o companheiro, de 39 anos, foi quem derramou o colorante após uma discussão. Segundo ela, o suspeito não aceitou que ela quisesse o fim do relacionamento que os dois tinham há 40 dias.
Segundo os bombeiros, a vítima estava na calçada em frente à residência dela, no Setor Faiçalville, e estava bastante nervosa. Devido a grande quantidade de pigmento, os militares não conseguiram identificar nenhum hematoma de alguma possível agressão. Com receio de que a vítima apresentasse alguma alergia, os bombeiros a encaminharam para o Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo).
Em um vídeo feito por uma pessoa que estava na unidade médica é possível ver a mulher em uma maca hospitalar, com tinta dos pés à cabeça.
Segundo ela, o companheiro não aceitou o fim do relacionamento entre eles, que tinha 40 dias. A violência teria acontecido quando ela tentou sair de casa e ele não deixou.