JUDICIÁRIO

Suspeito de cometer crimes em Corumbá já tentou matar uma ex-companheira

Processo está concluso à Justiça de Corumbá, que vai analisar as próximas medidas contra o acusado

Wanderson Mota Protácio, procurado por suspeita de matar três pessoas em Corumbá de Goiás no úlltimo domingo (28), foi preso em 2019 por tentativa de feminicídio contra uma ex-companheira, L.S.P., em Goianápolis. No entanto, a Justiça o soltou em março deste ano, para que ele aguardasse o julgamento em liberdade. Foi nessa época que ele começou a trabalhar em uma fazenda localizada no município em que ele cometeu os crimes bárbaros de ontem.

As informações são do delegado responsável por procurar Wanderson, Tibério Martins Cardoso. O Mais Goiás entrou em contato com a assessoria do Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO), que disse que o processo está concluso desde outubro com a juíza da Vara Criminal de Goianápolis, Marcella Caetano, que ainda vai decidir se define a data do tribunal do júri ou se pede mais diligências.

Ao todo, mais de 50 policiais buscam o foragido que, segundo a corporação, matou na noite de domingo sua ex-mulher (Ranielle Aranha), que estava grávida, e uma criança de menos de dois anos. Ele também é acusado de invadir uma outra propriedade, roubar um revólver e assassinar um fazendeiro (Roberto Clemente de Matos). Wanderson poderá responder pelos crimes de feminicídio e latrocínio.

Entre os grupos que participam da força-tarefa estão unidades especializadas, como Choque, Comando de Operações de Divisas (COD), Companhia de Policiamento Especializado (CPE), e Rondas Ostensivas Táticas Metropolitanas (Rotam). Eles contam o auxílio de um helicóptero.

A Polícia Civil autorizou a divulgação da imagem para auxiliar nas buscas. Segundo uma fonte da Polícia Militar (PM), o cerco ocorre na Abadiânia neste momento.

Corumbá: caso Wanderson

Wanderson Mota Protácio é suspeito de assassinar três pessoas na zona rural de Corumbá de Goiás. O crime aconteceu na noite de domingo (28).

As vítimas foram uma criança de 1 ano e 8 meses, enteada do suposto autor; a companheira do homem, Ranielle Aranha, que estava grávida; e o dono de uma propriedade vizinha, Roberto Clemente de Matos. As duas mulheres foram degoladas e o homem baleado na cabeça.

A mulher do produtor rural, única sobrevivente, foi baleada no ombro e denunciou os crimes. Segundo ela, o suspeito bebeu um copo de refrigerante antes de balear o marido dela. Depois, ele teria tentado estupra-a, mas ela conseguiu correr. Na fuga, ela foi atingida por um disparo no ombro.

Ainda segundo a proprietária rural, ela só sobreviveu porque se fingiu de morta até que o suspeito fugisse do local. Mesmo ferida, ela caminhou até uma fazenda vizinha, onde conseguiu chamar por socorro. Wanderson, segundo ela, era conhecido da família.

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