Suspeito de mandar matar advogado em Aruanã é preso
Hans Brasil foi morto a tiros dentro do escritório, no último dia 6 de fevereiro
O suspeito de mandar matar o advogado Hans Brasiel da Silva Chaves, em Aruanã, a 314 quilômetros de Goiânia, foi preso na manhã desta quarta-feira (26). Segundo a Polícia Civil (PC), o suposto mandante também era profissional do direito. A motivação do homicídio ainda é apurada. Mais detalhes serão repassados à imprensa em uma coletiva marcada para a próxima quinta-feira (27), às 10 horas.
A Delegacia de Investigação de Homicídio (DIH) realiza as investigações. O presidente da Comissão de Segurança Pública e Política Criminal da OAB-GO, Edemundo Dias, parabenizou o trabalho da PC. Além disso, ele ressaltou que o caso é um tanto quanto “constrangedor”. “Um advogado pode ter mandado matar outro. A gente acompanha esse caso com bastante atenção. Se ficar confirmado, ele sofrerá as penalidades prevista no Código de Ética do OAB“, pontua.
Edemundo pontua que, em quatro anos, nove advogados foram mortos ou sofreram algum tipo de ameaça contra a vida. Hans, inclusive, já teria sido vítima de um atentado em agosto de 2019. O advogado detido também seria suspeito, naquele caso. “Ainda não sabemos, mas, preliminarmente, a motivação do crime seria a disputa pela liderança dos casos em Aruanã. O Hans era um advogado que fazia trabalhos sociais e não tinha nada contra ele na OAB”, ressalta Edmundo.
Caso
Hans Brasiel foi morto a tiros dentro do escritório dele, na cidade, no último dia 6 de fevereiro. Segundo a Polícia Militar (PM), o jurista foi atingido por, pelo menos, três tiros.
Dias depois, um homem foi preso e um menor apreendido como os executores do crime. Em depoimento à PC, o suspeito alegou que o crime foi cometido, porque o advogado foi contratado para tirá-lo da cadeia, mas não cumpriu o combinado. Ainda em oitiva, ele afirmou que a vítima já teria recebido o dinheiro.
Quatro dias após o assassinato, familiares de Hans foram à Secretaria de Segurança Pública (SSP) para pedir mais celeridade nas investigações. Na ocasião, os parentes contestaram a versão dada pelo suspeito e o pai da vítima, André Luis Chaves, chegou a afirmar que o filho não defendera o homem. Além disso, ele declarou que a morte do advogado teria sido encomendada.
Em concordância da afirmativa, a esposa de Hans, Laura Brasil, pontuou que a família estava como “fome de Justiça”. “A gente precisa de justiça para poder viver. Eu preciso disso para honrar o nome do meu marido”, concluiu.
*Errata: Edemundo Dias, na verdade, é presidente da Comissão de Segurança Pública e Política Criminal da OAB-GO, e não o presidente da Comissão de Direitos e Prerrogativas da OAB-GO, como foi informado inicialmente.