Investigação

Suspeito de matar conterrâneo após briga em festa já responde por outros dois assassinatos

A princípio, Valério Souza Silva confessou apenas ter dado fuga a Djanison dos Reis, mas delegada acredita que os dois participaram do esfaqueamento

Vítima e suspeitos, todos do Maranhão, já moravam há alguns anos em Goiânia, participavam de uma festa em uma residência no Setor Estrela Dalva quando tudo ocorreu (Foto: Divulgação / PC)

Um dos suspeitos de participação no assassinato de um maranhense que vivia em Goiânia já responde por outros dois homicídios. A afirmação foi feita pela delegada Marcela Orçai, adjunta da Delegacia Estadual de Investigações de Homicídios (DIH), durante apresentação, na manhã desta terça-feira (17), dos dois suspeitos de terem matado a facadas, em 27 de outubro passado, em Goiânia, Marcedônio Alves da Silva.

De acordo com o que apurou a polícia, vítima e suspeitos, eram todos do Maranhão, mas já moravam em Goiânia há alguns anos. O trio participava de uma festa em uma residência no Setor Estrela Dalva quando, durante a madrugada, acabaram se desentendendo. Após uma briga entre os três, Marcedônio, que segundo testemunhas já estava bastante embriagado, foi convidado a se retirar da festa, ocasião em que, sem resistência, foi embora para sua casa, que fica no mesmo setor.

Duas horas depois, ainda conforme apurou a equipe da DIH, Djanison dos Reis Silva, de 28 anos, e Valério Souza Silva, de 23 anos, invadiram a residência dele, e o mataram com 12 facadas, uma delas no pescoço. Após o crime, Djalison fugiu para o Maranhão, onde acabou localizado e preso na semana passada, em Açailândia. Valério também foi preso na semana passada, em Goiânia.

“A princípio, o Valério, que já responde pela morte de outras duas pessoas, também a facadas, no Maranhão, alegou que somente abrigou o Djanilson em sua casa, e depois o ajudou a fugir. No entanto, nós temos indícios de que os dois pegaram o Marcedônio dormindo e, enquanto um deles segurava, o outro desferia os golpes. Resta agora, então, apenas descobrir quem segurou e quem esfaqueou. O fato é que ambos serão indiciados da mesma forma pelo assassinato”, descreveu Marcela Orçai.

400

Durante a apresentação dos dois suspeitos à imprensa, o titular da DIH, delegado Rilmo Braga comemorou a prisão, somente em 2019, de 400 autores de assassinatos. “Na verdade são 450 presos por nossas equipes de janeiro até agora, mas os outros 50 não estão relacionados a assassinatos, mas a outros crimes”, pontuou.

(Foto: Divulgação / PC)
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