Suspeito de matar de advogados diz a polícia que crime foi latrocínio
Polícia, no entanto, não descarta hipótese de outra motivação como crime mandado
O suspeito de matar os advogados Marcus Aprigio Chaves, 41 anos, e Frank Alessandro Carvalhaes de Assis, 47 anos, no último dia 28, Pedro Henrique Martins Soares, de 25 anos, disse aos policiais que as mortes foram em decorrência de um latrocínio. No entanto, a Polícia Civil não descarta hipótese de crime encomendado.
A primeira etapa da investigação foi encerrada na sexta-feira (30) após identificação e captura de Pedro Henrique. O outro suspeito, Jaberson Gomes, de 24 anos, morreu na cidade de Porto Nacional, em Tocantins, após suposto confronto com a Polícia Militar local. Pedro Henrique chegou em Goiânia em um avião fretado na manhã deste sábado (31) escoltado por três policiais civis. Ele está detido na Delegacia de Investigação de Homicídios (DIH).
“Ele [o suspeito] bate na tecla de latrocínio. No entanto, não vamos descartar nenhuma das vertentes”, disse o secretário de Segurança Pública, Rodney Rocha Miranda, durante entrevista coletiva na manhã deste sábado.
Segundo o delegado Rilmo Braga, titular da DIH, não há nenhuma dúvida de que foram os dois, Pedro Henrique e Jaberson, que mataram os advogados. “Temos provas científicas e testemunhais de que foi a dupla. A verdade é que eles planejaram o crime, mas manteremos em sigilo a motivação para preservar as investigações”, apontou.
Dinâmica
Toda a dinâmica do crime que vitimou os advogados mortos dentro do escritório no Setor Aeroporto, em Goiânia, no último dia 28 foi elucidado pela polícia. Pedro Henrique e Jabson chegaram em Goiânia no dia 24 e se hospedaram em um hotel do Centro. Por volta 14h do dia 28, ambos foram até o local. Segundo o delegado Rhaniel Almeida, foi Pedro Henrique quem disparou contra as vítimas. Ele deu três tiros em uma e fez um disparo em outra com um revólver calibre .38.
Logo após o crime, por volta das 15h10, os suspeitos já saíram de Goiânia e foram para Anápolis, onde pegaram um ônibus rumo para Palmas. Eles desembarcaram em Porto Nacional. Já no dia 30, os policiais goianos estavam no encalço de ambos na cidade tocantinense e conseguiram capturar Pedro Henrique.
Jadson, na ocasião, não foi localizado por ter ido ao uma propriedade rural. Ele acabou ficando sabendo da captura do comparsa e se escondeu, mas acabou sendo encontrado pela Polícia Militar tocantinense e foi morto.
“Pedro Henrique é, por fama, considerado um dos maiores matadores do estado do Tocantins. Segundo ele, com os dois advogados, soma 12 mortes”, disse Rhaniel Almeida.