Polícia prende homem suspeito de matar esposa que pediu divórcio, em Luziânia (GO)
Vítima tinha 43 anos e teve três filhos com o homem
A Polícia Civil prendeu um homem, de 51 anos, suspeito de matar a esposa esfaqueada porque ela pediu divórcio. O crime aconteceu no último domingo (5), após um almoço de família, na cidade de Luziânia, no Entorno do Distrito Federal. A vítima tinha 43 anos e teve três filhos com o suposto agressor.
De acordo com as investigações, vítima e suspeito eram casados há 28 anos e a mulher decidiu que queria se separar. Eles haviam ido para um almoço de família e, quando voltaram, ela expressou desejo de por fim à relação.
O delegado do caso, George Nogueira, afirma que, assim que a mulher disse que queria se separar, o homem já iniciou uma discussão violenta. Ele se armou com uma faca e golpeou a mulher em várias partes do corpo.
Vizinho flagrou marido matar esposa esfaqueada
Um vizinho, que é policial, escutou os gritos de socorro da vítima. Pulou o muro da casa, viu a mulher com a faca cravada no peito e o marido dela tentando se enforcar. O vizinho impediu o enforcamento do suspeito e fez a prisão dele em flagrante.
Segundo a corporação, não há registros na polícia de outras atitudes violentas do homem contra a esposa. Mas, agora, ele deverá responder pelo crime de feminicídio. A pena pode chegar a 30 anos de prisão.
Ao Mais Goiás, a polícia não detalhou qual a idade dos filhos do casal e, se caso forem menores, com quem estão. A reportagem também não conseguiu contato com a defesa do sujeito.
Violência contra a mulher em Goiás
Casos como os que foram narrados acima não são incomuns. De janeiro à março de 2022, o estado de Goiás já registrou 16 casos de feminicídio, 67 estupros, 3.841 ameaças, além de 2.624 casos de mulheres agredidas e 2.684 que foram caluniadas, difamadas e injuriadas.
Entre 2020 e 2021 casos de feminicídio aumentaram 23% em Goiás. No ano passado, 54 mulheres foram assassinadas; enquanto em 2020 esse número foi de 44 vítimas.
Ajude a denunciar esses crimes. O Ligue 180 escuta e acolhe mulheres em situação de violência. O serviço registra e encaminha denúncias aos órgãos competentes, bem como reclamações, sugestões ou elogios sobre o funcionamento dos serviços de atendimento