Legítima defesa

Suspeito de matar ex-genro para defender a filha não será preso, diz delegado

O caso será enquadrado como legítima defesa de terceiros. Mulher já havia sido agredida outras 10 vezes

Fachada da delegacia de homicídios

O homem suspeito de matar o ex-genro, de 22 anos, para defender a filha não será preso. É o que afirma o delegado responsável pelas investigações, Rialmo Braga, da Delegacia de Homicídios (DIH) da capital. Caso aconteceu no último sábado (7), no Setor Morada do Sol, em Goiânia. Atitude de Edivânio José da Silva será enquadrada como legítima defesa de terceiros. Ele está foragido desde que efetuou os disparos.

Rialmo conta que o homem adquiriu a arma há alguns meses após ver a filha ser agredida por mais de 10 vezes pelo ex-namorado. “O casal ficou junto por cerca de seis meses e havia histórico de agressão. Então, o pai da menina comprou o revólver para proteger a filha de eventual perigo”, disse.

O delegado afirma que Edivânio não será preso e o caso será enquadrado como legítima defesa. “Peço, inclusive, para que ele se apresente à delegacia pois não ficará preso. Ele também não vai responder pelo porte ilegal de arma em razão da situação de perigo. Ele será absolvido”, assegurou.

Conforme relata o investigador, Matheus Barbosa da Paixão, que usava tornozeleira eletrônica, foi até a casa da ex-namorada e pulou o muro da residência. A mulher falava ao telefone com a mãe quando foi surpreendida pelo homem, que tomou o aparelho celular da vítima e proferiu ameaças à ex-sogra.

Em seguida, o suspeito agrediu a ex-companheira e a esfaqueou. Durante as agressões, o pai da mulher chegou no imóvel, pegou uma arma e efetuou disparos contra Matheus. O homem morreu no local.

A jovem esfaqueada foi levada ao Hospital de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol), em Goiânia. O Mais Goiás tenta buscar informações sobre o estado de saúde da mulher.