JULGAMENTO

Suspeito de matar lutador de MMA em Goiânia vai ao tribunal do júri

Acusado foi preso no dia 14 de março e segue detido

Acusado de matar o lutador de MMA Paulo Henrique Biano Rodrigues, que também era dono de uma oficina mecânica na região da Vila Adélia, em Goiânia, Leandro Marcos Gomes Pereira, de 27 anos, vai para o tribunal do júri. A pronúncia do juiz Jesseir Coelho de Alcântara, da 3ª Vara dos Crimes Dolosos contra a Vida e Tribunal do Júri da capital, ocorreu na quarta-feira (16).

O magistrado acatou pedido do Ministério Público de Goiás (MPGO). “Verifico, por meio das provas coligidas aos autos, a presença dos requisitos necessários para a prolação da decisão intermediária de pronúncia, uma vez que a materialidade do fato encontra-se demonstrada e comprovada, além de existir indícios de autoria que pesam contra o denunciado”, justificou Jesseir.

A defesa, por sua vez, pediu que o homem não fosse enviado ao júri por “ausência de provas suficientes de autoria”. A data ainda não foi marcada.

O crime aconteceu em 12 de março deste ano, no setor Vila Adélia, na capital. Conforme a denúncia, dias antes Leandro estava com amigos, acompanhado da namorada, quando a vítima – que já tinha se relacionado com a companheira do acusado – tentou sair do local com seu veículo, mas derrubou a motocicleta do réu.

Depois disso, os dois começaram a uma discussão, que se agravou devido a ciúmes da namorada do suspeito. Leandro, então, se identificou como “Cota”, um criminoso conhecido na região, e Paulo pediu desculpas e disse que arcaria com qualquer dano na moto. Ele deixou o local em seguida.

No dia do crime, Leandro foi até a oficina de Paulo com um amigo e disparou seis vezes contra a vítima. Depois, ambos fugiram. Câmeras de segurança flagraram o crime. O acusado foi preso no dia 14 de março e segue detido.

O acusado, segundo a Polícia Civil, já tinha sido preso em duas ocasiões por homicídio, uma por roubo, outra por associação ao tráfico de drogas, e uma por porte ilegal de arma de fogo, de uso restrito. No momento da prisão, ele confessou, mas ficou calado durante o depoimento.