Suspeito de matar mãe e filho em Itapirapuã já tinha agredido a mulher em 2020
Na época do ocorrido, o homem chegou a ser a preso, mas foi liberado no dia seguinte. Corpos foram abandonados em lote baldio da cidade
O homem de 53 anos apontado como principal suspeito de matar mãe e filho e abandonar os corpos em lote baldio de Itapirapuã já havia sido preso por violência doméstica ao agredir Joicemeire Conde Cardoso, em 2020. Na época da agressão, a vítima conseguiu uma medida protetiva, que não foi respeitada pelo suspeito. Os corpos dela e do filho, João Vitor Conde, de 8 anos, foram encontrados em estado de decomposição no último sábado (6).
As agressões registradas em 2020 ocorreram, segundo o delegado Gustavo Cabral, porque a a vítima questionou o homem sobre consumo de cerveja pela manhã. Na ocasião, o homem ficou irritado, proferiu ofensas e depois iniciou agressão com socos, puxões de cabelo e apertos nos braços. Depois ainda jogou a vítima contra a parede.
A mulher precisou ser levada ao hospital e o caso resultou na prisão do suspeito. Depois, em depoimento, ele confessou a agressão e disse ainda que cumpria pena em liberdade pelo crime de estupro. Delegado arbitrou fiança de R$ 2 mil, mas o homem foi liberado em audiência de custódia no dia seguinte e não precisou pagar a quantia.
Medida protetiva
Para tentar se proteger, Joicemeire conseguiu medidas protetivas contra o suspeito. O homem não poderia ter contato com a vítima ou filho por qualquer meio de comunicação e deveria manter distância mínima de 200 metros da casa ou de locais que ela frequentava.
As exigências, porém, foram ignoradas. O suspeito chegou a ingerir bebidas alcoólicas junto com a mulher, na casa dela, e na presença do filho dela no dia em que as vítimas foram mortas, 31 de julho de 2022.
Corpos encontrados em sofá
Os corpos de Joicemeire e João Vitor foram encontrados após vizinhos denunciarem um forte odor que emanava do local. Quando a equipe da Polícia Técnico-Científica fazia a retirada do corpo da vítima, encontrou o corpo da criança escondido no braço do sofá. Os dois foram levados para o Instituto Médico Legal (IML), onde familiares os reconheceram. Os peritos acreditam que mãe e filho tinham sido mortos há pelo menos cinco dias.
O suspeito segue preso e o caso continua sob investigação. Ele nega o crime. Segundo o delegado, a equipe investiga se há outros envolvidos nas mortes e se o homem teve ajuda para ocultar os cadáveres.
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*Jeice Oliveira compõe programa de estágio do Mais Goiás sob supervisão de Hugo Oliveira