Suspeito de matar mulher queimada em SP queria ter vida nova em Goiânia, segundo PC
Procurado desde 2018, Alex Alexandre Ferreira foi localizado e preso por agentes da Delegacia de Investigações de Homicídios (DIH) no Setor Solange Park
Era na casa onde morava com parentes, no Setor Solange Park, em Goiânia, que o marceneiro – e suspeito de atear fogo em uma ex-companheira em São Paulo -, Alex Alexandre Ferreira, 41, se escondia da Justiça. Segundo a Polícia Civil (PC), ele tentava levar uma vida nova depois de provocar a morte da namorada em 2018. Ao ser preso na última sexta-feira (19), ele alegou que o óbito de Sheron Chaves Monteiro, 34, foi acidental.
O homem era procurado desde outubro de 2018, quando, segundo as investigações, ateou fogo na namorada após mais uma briga de casal. Com 70% do corpo queimado, Sheron Chaves ainda foi trancada pelo companheiro durante 17 horas em um quarto, antes de ser levada para o Hospital Regional do Grajaú, onde morreu no dia 12, quatro dias após ser internada.
Após receberem a informação de policiais paulistas de que Alex Alexandre tinha parentes em Goiânia, equipes da Delegacia Estadual de Investigações de Homicídios (DIH) e do Serviço de Inteligência da Polícia Civil de Goiás demoraram menos de duas semanas para descobrir onde o marceneiro residia e trabalhava.
“Ele mudou completamente a fisionomia, cortou o cabelo, tirou a barba e tentava levar uma vida normal por aqui, como se nada tivesse acontecido”, relatou a delegada Marcela Orçai, adjunta da DIH.
Em depoimento prestado à policia, Alex Alexandre inicialmente disse que um botijão de gás havia explodido e queimado ele e a namorada, mas, depois de entrar em várias contradições, confessou que jogou álcool em Sheron, mas alegou que o incêndio foi provocado pela própria mulher, que acendeu um cigarro para fumar.
O marceneiro, porém, ficou em silêncio quando foi perguntado porque manteve a namorada presa em um quarto durante 17 horas, antes de levá-la para o hospital. Enquanto aguarda a transferência para São Paulo, Alex Alexandre, que foi indiciado por feminicídio, ficará preso na Central de Triagem, presídio localizado no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia.