Suspeito de praticar violência sexual contra crianças da família da ex morre na prisão, em Aparecida
A morte ocorreu no dia 27 de janeiro. O caso segue sendo investigado pela Polícia Civil
Um vendedor de 55 anos, acusado de cometer violência sexual contra oito crianças e pré-adolescentes da família da ex-mulher, pode ter sido morto dentro de uma cela na Casa de Prisão Provisória (CPP) do Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia. Ele foi preso no dia 10 de janeiro deste ano e a morte ocorreu no dia 27 do mesmo mês. O caso segue sendo investigado pela Polícia Civil.
Com a morte do acusado, os sete inquéritos e processos que tramitavam na Polícia Civil e no Poder Judiciário serão arquivados.
Por meio de nota, a Diretoria-Geral de Administração Penitenciária (DGAP) informou ao Mais Goiás que durante chamada nominal dos presos no dia, servidores foram informados que o custodiado “estava passando mal”.
“De imediato, foram realizados os primeiros atendimentos médicos pela equipe de saúde da própria CPP. Diante do ocorrido, a direção da unidade prisional acionou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) para prestar os atendimentos necessários que a saúde do detento requeria. Profissionais da equipe do Samu atestaram o óbito”, afirmou a direção na nota (veja íntegra abaixo).
Ainda segundo a DGAP, foram abertos procedimentos administrativos internos para as apurações e o caso também está sendo investigado pela PC.
Violência sexual
No final do ano passado, segundo reportagem de um jornal local, o homem foi visto por uma das vítimas, já adulta, em uma rua no Setor Urias Magalhães, em Goiânia. Após contar o fato aos familiares, uma outra vítima disse que foi abusada pelo suspeito antes de ele sumir, em 2019. Há três anos, o suspeito chegou a ser denunciado por um dos casos, mas desapareceu.
Depois de coletar o depoimento das vítimas a Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) descobriu que após passar um período no interior de Minas Gerais, do Ceará e do Mato Grosso, o vendedor retornou para Goiânia em novembro para as festividades de fim de ano.
Segundo relatórios policiais, o vendedor esperava a mulher sair de casa para trabalhar, e abordava as crianças. Ainda de acordo com a polícia, ele ameaçava as vítimas para garantir o silêncio.
Contra o acusado foram abertos sete inquéritos, já que pelo depoimento da oitava vítima, os crimes previstos haviam prescrito. Mas ela apareceu como testemunha nos casos o que reforçou o indiciamento. Ao ser ouvido pela PC no dia da prisão, o vendedor ficou em silêncio. Os processos de violência sexual tramitam em sigilo na Justiça.
Confira a íntegra da nota da DGAP:
A direção da Casa de Prisão Provisória de Aparecida de Goiânia, unidade pertencente à 1ª Coordenação Regional Prisional, informa o que segue :
– Foram tomadas as devidas providências em relação à morte de um custodiado que cumpria pena na Casa de Prisão Provisória (CPP) de Aparecida de Goiânia, por crimes relacionados à violência sexual, no dia 27 de janeiro de 2022.
– Durante chamada nominal, servidores foram informados que o referido custodiado estava passando mal. De imediato, foram realizados os primeiros atendimentos médicos pela equipe de saúde da própria CPP.
– Diante do ocorrido, a direção da unidade prisional acionou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) para prestar os atendimentos necessários que a saúde do detento requeria. Profissionais da equipe do Samu atestaram o óbito.
– Mediante o fato, foram realizadas as devidas comunicações, além da abertura de procedimentos administrativos internos para as apurações. O fato segue sendo investigado pela Polícia Civil.
Goiânia, 11 de março de 2022
Diretoria-Geral de Administração Penitenciária (DGAP)