Suspeitos de clonar cartão em Paraúna são presos pela 2ª vez em oito dias
Dois homens, de 30 e 27 anos, foram presos nesta quinta-feira (28) por suspeita de…
Dois homens, de 30 e 27 anos, foram presos nesta quinta-feira (28) por suspeita de aplicar um golpe de clonagem de cartões de crédito em Paraúna, a 159km de Goiânia. A dupla já havia sido presa há uma semana, no dia 21 de janeiro, na cidade de São Luís de Montes Belos, pelo mesmo crime.
Segundo o tenente da PM Sandro Mendonça, apenas em uma pamonharia em Paraúna, uma das vítimas teve um prejuízo de R$19 mil. As suspeitas são de que a dupla aplica o golpe há pelo menos uma ano em Goiás, mas há também a suspeita de que o golpe pode ter sido aplicado em outros Estados.
Embora tenha sido presa em flagrante e pela segunda vez, a dupla não deve amargar muito tempo de cadeia, segundo o delegado. “As penas para os crimes de estelionato e/ou roubo mediante fraude são muito baixas, mesmo havendo várias vítimas. Os criminosos logo saem da cadeia, independente da vontade da polícia, do Ministério Publico ou do Juiz, pois é a lei”, diz Sandro. No geral, a pena para estelionato é reclusão de um a cinco anos e multa.
Um dos homens possui passagem por roubo e o outro por violência doméstica, segundo a PM. Outros integrantes, que atuavam como intermediários para receber o dinheiro dos golpes, já foram identificados.
Os policiais alertam que a população precisa ficar atenta para não ser vítima da fraude, principalmente idosos, que são os principais alvos. Isso porque, segundo a PM,
os bancos se recusam a estornar os valores para as vítimas, já que elas entregam cartão e senha aos estelionatários, tornando a operação legítima.
Como o golpe é aplicado
- Os criminosos colhem dados das vítimas na internet. Geralmente pessoas de idade mais avançada;
- Ligam para as vitimas, como se fizessem parte do atendimento de um banco, anunciam que o cartão foi clonado. Em geral, mencionam uma compra que não foi realizada pela vitima, para deixá-la atordoada e interessada;
- Confirmam dados pessoais, levando a vítima a crer que realmente se trata de uma ligação segura;
- Pedem para as vítimas cortarem o cartão ao meio, mas sem danificar o chip, e enviarem num envelope junto com a senha. Eles alegam ainda que, por conta da pandemia, a pessoa deve evitar ir até o banco;
- Para passar ainda mais credibilidade, orientam as vítimas a ligarem para o 0800 do banco por meio do seu telefone fixo e bloqueiam a linha quando a vitima faz a ligação e atendem como se fosse realmente de uma agência bancária, confirmando as mesmas informações;
- Outro estelionatário vai até a casa da vítima, se identifica por meio de um crachá, e recolhe o envelope com cartão e senha;
- Com os cartões e senhas recolhidos, os estelionatários sacam o limite permitido nos caixas eletrônicos e depois estouram o limite de compra dos cartões por meio de máquinas cadastradas em nome e CPF de outras pessoas;
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