Suspeitos de comprar e vender lotes com procurações falsas são presos em Aparecida (GO)
A Polícia Civil prendeu uma mulher e dois homens suspeitos de integrar uma associação criminosa…
A Polícia Civil prendeu uma mulher e dois homens suspeitos de integrar uma associação criminosa especializada em comprar e vender lotes com procurações falsas, em Aparecida de Goiânia. O crime aconteceu em 2020, mas a prisão dos suspeitos foi efetuada no início dessa semana. O grupo causou prejuízo de cerca de R$ 390 mil a uma das vítimas.
A vítima procurou a polícia para denunciar que caiu em um golpe durante a negociação da compra de dois lotes no setor Jardim América, no valor de R$ 700 mil. O suposto vendedor, Geraldo Pereira Marques de 64 anos, teria dito que o lote pertencia a outra pessoa, mas que o proprietário assinou um documento com a permissão para que ele negociasse a venda.
Confiante na veracidade do documento, o comprador fechou o negócio e realizou uma transferência bancária, além da entrega de dois veículos e negociação de uma casa como pagamento da primeira parte do acordo.
Quando o comprador foi ao cartório de Aparecida de Goiânia para registrar os bens, descobriu que a procuração era falsa e que o verdadeiro proprietário dos dois imóveis não tinha ciência da venda.
Terceira venda
Mesmo após a vítima descobrir a fraude, Geraldo ofereceu um outro imóvel na Vila Rosa para compensar os valores já transferidos. Porém, a documentação também era falsa. O comprador conseguiu entrar em contato com o verdadeiro proprietário e não efetuou qualquer pagamento.
O caso é investigado pela polícia desde 2020. No início desta semana, Geraldo foi preso em flagrante enquanto negociava o mesmo lote localizado na Vila Rosa para outra vítima. Tamara Melene Garcia e um terceiro suspeito, que também praticavam os crimes, foram presos logo em seguida.
O trio segue detido pelos crimes de associação criminosa, estelionato e uso de documentação falsa. Somadas, as penas podem chegar a 14 anos de reclusão para cada. Eles seguem à disposição do Poder Judiciário.
A imagem e qualificação dos investigados foram divulgadas em decorrência da primazia do interesse público sobre o particular, pois possibilitará o reconhecimento por parte de outras vítimas ainda não identificadas, conforme os ditames da Lei 13.869/2019 e Portaria nº. 02/2020 – PCGO.
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