Sudoeste Goiano

Suspeitos de latrocínio na Zona Rural de Catalão são presos em atuação da PC e PM

Para roubar armas de fogo, carne congelada e botijões de gás, indiciados mataram três pessoas com golpes de madeira e enxadão. Crime ocorreu em janeiro; dois ainda estão foragidos

Suspeitos de latrocínios na Zona Rural de Catalão foram presos em ação conjunta da Polícia Civil e Polícia Militar do município na quarta-feira (30). Dione Alves da Silva e Wanderson Alves Fernandes, podem ser os autores de homicídios contra Geraldo Pires Moura, Benedita Marques de Moura e Maria Marques de Moura, ocorridos na noite de 12 de janeiro na Fazenda Custódia. Os familiares foram mortos a golpes de madeira e enxadão para que não revelassem a identidade de Dione, que era conhecido de uma das vítimas.

A identificação e localização dos suspeitos ocorreu após a realização de diligências para materializar as provas colhidas na cena do crime. Com esse material, uma investigação foi conduzida em Catalão e em outras cidades de Goiás e até de Minas Gerais, a qual levou a detecção de Dione, em Goiandira (GO), e de Wanderson, em Tapaciguara (MG).

Segundo informações da Polícia Civil, um deles – cuja identidade permanece em sigilo – confessou o crime e detalhou a participação de cada um dos participantes na dinâmica do fato. Dois outros integrantes do grupo, conhecidos apenas como Joves e Edson, ainda estão foragidos.

O Mais Goiás tentou contato com a delegada Marcela de Oliveira Souza Magalhães, responsável pela operação, mas os telefonemas não foram atendidos.

O crime

Ao chegarem na referida fazenda, Dione, Wanderson e Joves foram recebidos por Geraldo, proprietário do latifúndio. O assalto foi anunciado de imediato e o fazendeiro foi rendido. Na sequência, dois dos criminosos fizeram uma varredura na propriedade para roubar duas armas de fogo, dois botijões de gás, carne congelada e outros objetos. Na ocasião, Benedita e Maria também foram imobilizadas.

Ciente de que tinha sido reconhecido por Geraldo, Dione que já tinha realizado negociado cavalos com o proprietário, afirmou que era necessário matar as vítimas, possibilidade que foi acordada pelos demais comparsas. Com um pedaço de madeira, Joves golpeou a cabeça de Geraldo, enquanto Edson, com um enxadão, atacou a cabeça das mulheres.

Após o crime, os envolvidos se mudaram de Catalão para diversas cidades de Minas Gerais, mas Dione ainda frequentava Catalão por causa de seus pais, que vivem na cidade. Conforme apontam as investigações, o crime foi planejado por Dione que já conhecia a região e uma das vítimas.

Os indiciados responderão pelo crime de latrocínio, cuja pena para cada um deles e para cada morte varia de 20 a 30 anos de reclusão.