Suspeitos de matar auditor fiscal e mãe dele queriam roubar R$ 180 mil, diz polícia
Crime aconteceu na madrugada do dia 19 de janeiro. Um dos corpos foi encontrado carbonizado em Ituiutaba, Minas Gerais
Os parentes suspeitos de matar o auditor fiscal Carlos Alberto Barbosa, de 64 anos, e a mãe dele, Sebastiana Aparecida Barbosa, de 85 anos, em Goiânia, cometeram o crime para roubar R$ 180 mil, segundo a Polícia Civil. De acordo com as investigações, o casal e o filho queriam o dinheiro para pagar uma suposta dívida com agiota.
Em depoimento à polícia, os suspeitos confessaram o crime. A família saiu de Minas Gerais, onde mora, para roubar os parentes em Goiânia.
A polícia apurou que Carlos e Sebastiana acharam que os parentes fariam uma visita normal. As investigações apontaram que logo após a chegada da família, os três suspeitos mantiveram as vítimas em cárcere privado para extorqui-los. Carlos ficou preso em um dos cômodos da casa, recebendo comida e água. Já Sebastiana, que era cadeirante, seguiu no quarto dela.
Segundo a polícia, os criminosos forçaram Carlos a fornecer senhas bancárias, mas a vítima resistiu. Diante da resistência, o trio roubou objetos de valor do apartamento das vítimas, como jóias, dinheiro, roupas e até uma arma de fogo registrada, no objetivo de conseguir a quantia de R$180 mil.
Segundo a polícia, Luciene Soares Theodoro de Andrade, de 52 anos, sobrinha da Sebastiana, teria planejado todo o crime. Outro suspeito é o filho dela, Eduardo José de Andrade, de 25 anos, aparece em vídeos de segurança ajudando a tirar os corpos das vítimas do apartamento em uma cadeira de rodas; e também José Eterno de Andrade, de 59 anos, marido de Luciene.
O crime
No dia 19 de janeiro, às 2h44 da manhã, câmeras de segurança do prédio registraram o momento em que Luciene e Eduardo levam o corpo de Carlos através de uma cadeira de rodas. A polícia afirma que a vítima já estiva morta neste momento.
O corpo de Carlos foi encontrado carbonizado e abandonado em um canavial em Ituiutaba, em Minas Gerais.
Depois de ocultarem o corpo de Carlos, os suspeitos voltaram para Goiás e mantiveram Sebastiana como refém. A idosa acabou sendo morta no apartamento, no dia 26 de janeiro, de acordo com a PC-GO. Naquela madrugada, Luciene e o filho carregaram o corpo da idosa. O horário era considerado “discreto”, segundo a polícia.
O corpo dela foi encontrado com marcas de violência às margens da BR-153, na cidade de Professor Jamil, na quinta-feira (26).