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Suspeitos de matar cartorário de Rubiataba não demonstram remorso pelo crime, diz PM

Jovens confessaram o crime com “certa tranquilidade” e informaram que a esposa da vítima foi a mandante do assassinato

Suspeita de mandar matar titular de cartório em Rubiataba perde guarda dos filhos (Foto: Reprodução - Redes Sociais)

Os dois jovens presos suspeitos de executarem o cartorário Luiz Fernando Alves Chaves, de Rubiataba, não demonstram remorso por terem cometido o crime. É o que afirma o major da Polícia Militar Fernando Dias de Borba, que participou das buscas e prisões.

Segundo o major Borba, os jovens confessaram o crime com “certa tranquilidade” e ainda informaram que a esposa da vítima, Alyssa Chaves Carvalho, foi a mandante do assassinato. Além disso, os suspeitos informaram precisamente a localização do corpo.

Suspeitos de matar cartorário de Rubiataba não demonstram remorso pelo crime, diz PM
Jovens confessaram o crime com “certa tranquilidade” e ainda informaram que a esposa da vítima, Alyssa Chaves Carvalho, foi a mandante do assassinato. (Foto: Reprodução – Redes Sociais)

“Nenhum remorso, nenhum arrependimento. Um deles tem 21 anos, ficou mais calado, porque era aquele comparsa que dirigia, que agilizava. O de 23 que foi quem de fato atirou e contou com certa tranquilidade que efetuou 17 tiros na vítima. Ele descarregou a arma”, afirma o major.

O investigado de 23 anos, inclusive, possui antecedentes criminais por posse ilegal de arma de fogo. Ele havia sido solto à poucas semanas antes do crime e fazia uso de tornozelêira eletrônica.

Relembre o crime que matou o cartorário de Rubiataba

Luiz Fernando tinha 40 anos e era dono de um cartório em Rubiataba. Ele foi sequestrado em casa, no Setor Jardins, no início da noite de terça-feira (28). Assim que a PM teve conhecimento do sequestro, iniciou buscas pela vítima.

Dono de cartório é encontrado morto após sequestro em Rubiataba
Dono de cartório é encontrado morto após sequestro em Rubiataba

Horas depois, por volta das 04h30 de quarta (29), os policiais encontraram o corpo de Luiz com várias perfurações provenientes de arma de fogo, em um canavial, à 18 quilômetros de Rubiataba. Luiz estava amordaçado e com as mãos amarradas com um lacre de nylon. Dos 17 disparos, sete o acertaram.

Inicialmente, os dois jovens conseguiram fugir com uma caminhonete branca de um cerco policial em Uruana, onde abandonaram o veículo roubado. Contudo acabaram detidos na cidade vizinha, Carmo do Rio Verde.

Os outros participantes do assassinato

Assim que os dois executores foram presos, confessaram o crime. Eles detalharam ter recebido o portão da casa de Luiz e, por isso, na residência não havia sinais de arrombamento. O controle foi abandonado próximo ao veículo, pouco antes da dupla ser detida.

Os jovens também explicaram que a esposa de Luiz era uma das mandantes do crime. Segundo os suspeitos, a mulher facilitou a entrada dos jovens na casa. Alyssa Chaves, esposa da vítima, não estava na residência no momento do sequestro. Ela tinha ido à igreja acompanhada pelos três filhos.

Posteriomente, a Polícia Civil entendeu que a mulher tinha o objetivo de ficar com o valor do seguro de vida que o casal pagava há quatro anos.

Diante da confissão e outros detalhes, os policiais prenderam Alyssa e um quarto envolvido no crime, que teria sido responsável por arrumar a pistola usada no crime. Os investigadores também procuram por Luzimar Francisco Neves, conhecido como chefe, é suspeito de agenciar os dois jovens executores.

A Polícia Civil de Goiás divulgou há pouco a foto de Luzimar Francisco Neto (também conhecido como “chefe”), que está foragido e é procurado por ser o suposto responsável por contratar os homens que mataram Luiz Fernando Alves Chaves na madrugada da última quarta (29) (Foto: Divulgação - Polícia Civil)
A Polícia Civil de Goiás divulgou há pouco a foto de Luzimar Francisco Neto (também conhecido como “chefe”), que está foragido e é procurado por ser o suposto responsável por contratar os homens que mataram Luiz Fernando Alves Chaves na madrugada da última quarta (29) (Foto: Divulgação – Polícia Civil)

O Mais Goiás tentou contato com o delegado do caso, Marcos Adorno, a fim de saber a evolução da investigação. Porém, não obteve retorno até a publicação da reportagem.

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