Suspeitos de matar pecuarista em Goiás são presos no Maranhão
Polícia quer saber agora quem contratou os pistoleiros que executaram Valdemar Ferreira Pimenta no último dia 26 de junho, em São Miguel do Araguaia
Com apoio de colegas do Maranhão, policiais civis de Goiás prenderam, naquele estado, dois homens que teriam matado um pecuarista em São Miguel do Araguaia no último dia 26 de junho. Documentos apreendidos nas casas dos dois suspeitos devem ajudar os agentes a identificar o mandante e o intermediário da execução.
Mais conhecido pelo apelido de “Valdemar da balança”, Valdemar Ferreira Pimenta, de 74 anos, foi assassinado a tiros quando trafegava sozinho em seu carro pela BR 080, em São Miguel. Após identificarem o carro usado pelos atiradores, modelo VW Voyage, de cor preta, os policiais chegaram aos nomes dos dois suspeitos, que seriam pistoleiros profissionais.
O homem que dirigia o Voyage, segundo a PC, é Márcio Moraes Fonseca, que já responde por homicídio no Maranhão. Ele foi preso no município de Presidente Dutra. Já o autor dos disparos, ainda de acordo com as identificações, é um homem identificado apenas pelo primeiro nome, Jailson, que foi localizado em Tuntum, no interior do Maranhão. Na chácara onde ele morava, os policiais apreenderam duas armas, entre elas um revólver calibre 38, que, acredita-se, foi usado para matar o pecuarista em Goiás.
Delegado não tem dúvidas da participação dos presos no homicídio
Para o delegado de São Miguel do Araguaia, Thales Fonseca, que foi quem conduziu as investigações, não há dúvidas da participação dos dois presos no assassinato. “Uma semana antes do crime eles se hospedaram em um hotel em Novo Planalto, que fica a 70 quilômetros de São Simão, e, diariamente, vinham para cá no Voyage a fim de monitorar a rotina do Valdemar. No dia do crime, uma hora antes da execução, o carro deles foi flagrado por um radar eletrônico passando pela rodovia onde a vítima acabou sendo emboscada”, relatou.
Documentos e aparelhos eletrônicos aprendidos nas casas de Márcio e Jailson, ainda de acordo com o delegado, devem ajudar a polícia a chegar ao mandante do crime. “Nós já confirmamos que eles vivem de pistolagem no Maranhão, e vamos em busca agora dos nomes do mandante e de quem intermediou a execução”, concluiu.