Suspeitos de receptação presos em Itumbiara podem ter causado prejuízo de R$ 8 milhões
Grupo criminoso, do qual os homens seriam membros, está sendo monitorado desde o início de agosto
Dois suspeitos de receptação de cargas roubadas foram presos em Itumbiara podem ter causado prejuízo de R$ 8 milhões às vítimas. De acordo com a Polícia Civil, dupla foi detida nesta terça-feira (31/8) enquanto trafegava pela BR-153. Um dos detidos tem 72 anos.
Ao Mais Goiás, o delegado do caso, Diogo Luiz Barreira, explicou que ambos devem integrar organização criminosa que atua aceitando fretes.
“Eles aceitam o frete pra levar a carga de uma cidade pra outra, geralmente cidades de divisas ou dentro de Goiás mesmo, daí depois registram uma falsa ocorrência de roubo e ficam com a carga”, explicou o investigador.
De acordo com a polícia, o grupo, do qual os homens supostamente fazem parte, está sendo monitorado desde o início do mês de agosto e é especializado em roubo de cargas de combustíveis e ferragens. Estimativa dos agentes, é que os criminosos atuem há um ano.
Caminhão usado em crimes é apreendido pela sexta vez
Além dos homens, os agentes apreenderam um caminhão, que seria usado pela organização criminosa. A corporação afirma que o veículo está relacionado a, pelo menos, outras seis ocorrências de falsas cargas roubadas, sendo que grande parte dos registros são em outros estados do Brasil.
Segundo o investigador, para dificultar a descoberta do verdadeiro crime, os homens registravam a ocorrência em cidades que fazem divisa com Goiás, como Minas Gerais.
“Eles registravam em Itumbiara que o roubo foi em Minas, por exemplo, que aí dificulta na identificação, demora mais”, explica o delegado.
Por esse motivo, a operação contou com o apoio da Polícia Rodoviária Federal (PRF) para efetuar as prisões, dessa vez, na BR-153.
Um dos suspeitos de receptação de cargas já foi preso três vezes
Um dos homens presos é um idoso, 72, que já foi preso outras vezes pelos mesmos crimes. De acordo com o delegado, ele sempre ganha liberdade, pois o crime é entendido como estelionato, sem violência, e não como roubo. Já o outro investigado nunca havia sido preso.
“Esse outro era novo. Como esse idoso já tá, como se diz, ‘queimado’, eles colocam sempre um motorista novo”, explicou o investigador. Além dos suspeitos, agora presos, a polícia busca encontrar outros membros.
*Larissa Feitosa compõe programa de estágio do Mais Goiás sob supervisão de Hugo Oliveira.