Suspeitos de roubar cargas em rodovias são presos em Goiânia
Grupo agia com violência e causou um prejuízo de mais de R$ 80 milhões
Dois homens suspeitos de integrar um grupo de roubo de cargas foram presos pela Polícia Civil, na manhã de quarta-feira (22). Outros seis já estavam detidos. Todos são suspeitos de liderarem uma organização criminosa especializada no roubo de cargas de combustíveis, cervejas, alimentos, óleo de soja e medicamentos.
O grupo é conhecido por causar um prejuízo de aproximadamente R$ 80 milhões agindo em diversos estados do país abordando violentamente os caminhoneiros. Os crimes aconteciam nas principais rodovias de Minas Gerais, Goiás, Tocantins, Distrito Federal, Pernambuco, Recife, Piauí e demais estados do Nordeste.
Suspeitos de roubar cargas em rodovias revendiam mercadorias a postos, farmácias e supermercados
Os produtos eram revendidos para postos de combustíveis, farmácias e supermercados do estado de Goiás, encaminhados principalmente para Goiânia e Anápolis.
“Esses são criminosos que agiam com violência, não cooptavam motoristas, os rendiam mesmo. Temos áudios em que eles ameaçam policiais, então é um grupo bem perigoso e agimos rápido”, afirmou o delegado Alexandre Bruno, responsável pela operação.
Um dos integrantes é empresário e o outro, dono de uma garagem e carros. Um terceiro investigado teria aberto um supermercado onde acontecia a lavagem de dinheiro da organização.
A polícia teve acesso a áudios que mostram os criminosos fazendo ameaças e alertando os comparsas sobre blitz policiais feitas nas rodovias. “Deixa eu te falar, desce para cá não. Não desce não, de jeito nenhum! Se tu for descer, vem pelo centro. Olha, nos viadutos tudinho aqui o menino falou, até no outro posto, está topado de polícia. E na estrada, onde sobe para casa e dá o retorno, cheio de polícia. Nem invente de descer para cá”, disse um dos criminosos.
Além das duas prisões, nessa manhã foi cumprindo outros 14 mandados de busca e apreensão. Os suspeitos foram ouvidos, mas negaram participação no crime.